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Política

Transporte público precisa de controle permanente, afirma depoente à CPI

'Quem trabalha para o usuário do transporte público é a Prefeitura', ressalta engenheira

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Redação
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(Foto: Divulgação)

A CPI do Transporte Público realizou nesta segunda-feira, 28 de Abril, a primeira oitiva de especialista para obter informações técnicas e garantir embasamento para o decorrer das investigações que acontecem na Câmara Municipal. Na ocasião, foi ouvida a engenheira Lucia Maria Mendonça Santos, que foi enfática em sua fala ao enaltecer a responsabilidade que o Poder Executivo tem na fiscalização da concessão do transporte público de Campo Grande.

Lucia Maria, que é Engenheira Civil Mestra em Mobilidade Urbana pela Universidade Federal de Santa Catarina, ressaltou que o município é quem deve garantir a eficácia do serviço de transporte público. “É a Prefeitura que tem que estar presente. Quem trabalha para o usuário do transporte público é a Prefeitura. E lá dentro precisa ter gente que faça a gestão da receita do transporte. Isso não pode estar nas mãos dos empresários”, afirmou.

A engenheira acrescentou em sua oitiva que há problema de gestão do contrato do transporte público de Campo Grande. “O problema é de falta de gestão do Executivo. Quando o município não fiscaliza, o operacional não atua com comprometimento. E a Prefeitura precisa se estruturar para acompanhar a operação (do transporte coletivo)”, argumentou Lucia Maria.

A vereadora Luiza Ribeiro apontou que o oitiva da engenheira Lucia Maria “trouxe elementos de comparação com o sistema de transporte público de outras cidades, que nos deram direção para buscar mais informações para a CPI. Começamos bem, com uma orientação de como é gestão do nosso transporte”.

A relatora da CPI, vereadora Ana Portela, reforçou a importância de o município manter uma estrutura permanente de fiscalização do consórcio Guaicurus. “A Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) tem recursos para fiscalizar e entregar para a população as respostas necessárias, mas não o está fazendo. Está sendo negligente”, afirmou a vereadora.

O vereador Júnior Coringa enalteceu que a CPI vai em busca de mais informações a respeito da arrecadação do consórcio. “Vamos solicitar do Consórcio, da Agereg e da Agetran a questão das receitas do transporte público. Há vários requerimentos que serão desdobramentos da oitiva que tivemos hoje. Saímos daqui subsidiados de muitas informações”, disse Coringa.

Já o vereador Maicon Nogueira adiantou que vai apresentar requerimento para que a comissão ouça o vereador Marquinhos Trad, que foi prefeito de Campo Grande de 2017 a 2022. “Eu senti a necessidade e o interesse do ex-prefeito Marquinhos Trad de participar da CPI. Vou apresentar o requerimento para que ele possa ser ouvido. Por ter sido prefeito de Campo Grande por seis anos, ele pode contribuir e muito em relação às dúvidas que temos sobre a fiscalização do Poder Público Municipal, que não está sendo feita”, argumentou Maicon.

Por fim, o presidente da CPI, vereador Doutor Livio, adiantou que mesmo com o início da segunda fase dos trabalhos investigativos, a comissão seguirá apresentando requerimentos, além de detalhar o cronograma de coleta de depoimentos. “Já temos oito oitivas agendadas. A Fase 1 de coleta de informações não se encerrou, pois esse trabalho será constante”, afirmou o presidente da CPI.

A próxima oitiva da CPI do Transporte Público será do diretor-presidente da Agereg, José Mário Antunes da Silva. Os trabalhos acontecerão na próxima segunda-feira (5), a partir das 14h, no plenarinho Edroim Reverdito, na Câmara Municipal de Campo Grande.

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