Resistência a reverter promoção de ajudante de ordens de Bolsonaro derrubou comandante do Exército
General Júlio César de Arruda queria manter o tenente-coronel Mauro Cid no comando de batalhão, o que irritou Lula


A resistência do então comandante do Exército Brasileiro, Júlio César de Arruda, a impedir a promoção do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o estopim para a demissão de Arruda.
Cid comandaria o 1° Batalhão de Ações de Comandos (BAC) em Goiânia (GO) a partir de fevereiro. Arruda se recusava a reverter a nomeação, o que irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeitas de Caixa 2. As suspeitas complicaram a situação e impediram a manutenção da promoção dele.
Demissão - Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda neste sábado. No lugar dele, o presidente vai nomear o então comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
A demissão ocorreu também após indisposição do governo com o Exército em razão da invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Parte dos extremistas que atacaram os prédios públicos na praça dos Três Poderes estava acampada em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
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