Política

Para Mandetta, Mato Grosso do Sul é "pouco visto nas políticas sociais"

Candidato a senador por Mato Grosso do Sul é o quarto entrevistado do Balanço Geral MS

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Redação
Candidato a senador Luiz Henrique Mandetta no Balanço Geral MS- ( Foto: Thays Schneider)

Ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro (PL), Luiz Henrique Mandetta foi o quarto candidato a senador por Mato Grosso do Sul a ser entrevistado pelo jornalista e apresentador Rodrigo, o Rodrigão, no Balanço Geral MS, da TV MS Record. 

Mandetta, que é médico e ex-deputado federal, é candidato pelo União Brasil - Coligação Tocando em frente para Cuidar da Nossa Gente. Ele está disputando uma vaga no Senado Federal pela primeira vez.

“Vejo Mato Grosso do Sul pouco visto nas políticas sociais. Vejo algum andamento na infraestrutura, mas ainda muito tímido perto do que a gente precisa e com dois erros históricos. Nós temos uma ferrovia privatizada que vai de Três Lagoas a Corumbá que estão deixando apodrecer, nós temos na nossa infraestrutura a BR 163 que foi privatizada, a gente paga o pedágio e só tem 10% duplicado”, disse. 

Para o candidato, o “governo federal está distante dessas obras sul-mato-grossenses, agora ao mesmo tempo a gente tem um potencial próprio muito grande para a ser explorado por nós. Nós temos também que fazer o dever de casa, e colocar em Brasília quem tem experiência com Brasília, lá não é lugar para experimentar. Tem que colocar em Brasília quem tem respeito no debate e seja independente”, afirmou Luiz Henrique Mandetta, referindo-se ao compromisso com pautas que em sua avaliação são importantes. 

Sobre o tempo em que esteve como ministro da Saúde, o candidato salientou que a falta de preocupação de outros pastas ministeriais com o período pandêmico deixou reflexos significativos em vários setores como a educação e economia. “Pelo menos 30% dos jovens do ensino médio não voltaram para o ensino médio, e a educação não se preparou para fazer esse resgate, e principalmente não prepararam o estoque regulador de alimento, e a gente está hoje com um país que dá um auxílio aqui e a inflação come o auxílio ali. Tem 28 armazéns na Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] que não tem um grão de arroz e isso faz pagar um preço porque não se pode fazer uma cesta básica, nem um alimento popular proteico. Os outros deveriam estar preocupados com as suas pastas e muitos não fizeram, deixaram acontecer e a gente está pagando o preço muito alto hoje”, disparou.

Sobre o setor da Segurança Pública, o candidato destacou que “nós temos uma fronteira seca grande, mas nós temos vias. E agora nós estamos pensando em via bioceânica, é um lado bom, mas e a droga, quem vai cuidar desse trecho é o PCC? Cadê a Polícia Federal com condições de trabalho?  Cadê os convênios internacionais com o FBI [Departamento Federal de Investigação de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos], para poder trazer as inteligências para as operações? Onde está o Ministério Público Federal no combate ao crime transnacional? A gente só vê Mato Grosso do Sul no cenário nacional com apreensão de drogas e crimes de violência na nossa fronteira”, expôs o candidato.  

 

Confira a baixo a sequência dos demais entrevistados do programa Balanço Geral MS: 

 Dia 26 de agosto - Jeferson Bezerra, do Agir

Dia 29 de agosto - Odilon de Oliveira, do PSD

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