MST critica governo Lula por demora em nomear direção do INCRA
Movimento teme que pauta da reforma agrária seja suspensa e tenha suas superintendências regionais comprometidas


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou a cobrança ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a nomeação da direção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), órgão responsável por cuidar da política de reforma agrária. Após quase dois meses de governo, ainda há divergência sobre quem assumirá o comando.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, criticou a demora e afirmou que a falta de definição acende uma "luz amarela". Ele ressaltou, ainda, o papel do Incra de "cuidar de todas as áreas de implantação do programa de reforma agrária". "Nem precisamos lembrar a importância desse órgão para o povo do campo", completou.
Antes do Carnaval, o movimento já considerava como certa a indicação da advogada petista Rosilene Rodrigues, ex-secretária de Agricultura de Sergipe. Internamente, o que repercutia é que havia aprovação do nome por parte do presidente Lula. No entanto, o deputado Airton Faleiro (PT-PA), coordenador do núcleo agrário do PT na Câmara, negou a informação.
"Ao contrário do publicado anteriormente, ainda não está definida a presidência do Incra. Temos informações de que a companheira Rosilene Rodrigues não será mais nomeada para a função", escreveu nas redes sociais.
https://twitter.com/FaleiroAirton/status/1628532157466525696?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1628532157466525696%7Ctwgr%5E70021860f5c9ea0fe0c6ef663b1f6d7cf317652d%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fnoticias.r7.com%2Fbrasilia%2Fincomodado-com-falta-de-espaco-mst-cobra-lula-por-definicao-do-comando-do-incra-24022023
A mensagem desagradou à liderança do MST, que aponta um descompasso entre os ministros e parlamentares da base no Congresso Nacional. Sem um nome, a alegação é de que as superintendências nas unidades regionais do Incra ficam comprometidas e a pauta agrária, suspensa. A coordenação do movimento quer intensificar a tratativa com o governo federal para adotar medidas emergenciais para as famílias acampadas.
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