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Política

Marquinhos Trad nega acusações e afirma investimento em habitação, segurança e regiões

Candidato ao Governo do Estado de MS relembra feitos como prefeito de Campo Grande

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Victória de Oliveira
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Marquinhos Trad é o penúltimo entrevistado da Rodada de Entrevistas do Balanço da Manhã - (Foto: Luciano Muta)

A Rodada de Entrevistas do Balanço da Manhã recebeu, nesta terça-feira, 30 de agosto, o penúltimo candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Em conversa com Veruska Donato, Marquinhos Trad (PSD) explicou pontos do plano de governo, como o investimento nas nove regiões do estado e em habitação. Ainda, negou as acusações de supostos crimes de assédio sexual enquanto ainda era prefeito de Campo Grande.

Um dos pontos debatidos durante a Rodada de Entrevista foi relativo à habitação. Para o candidato, o acúmulo de quase de R$ 2 bilhões em caixa no encerramento de 2021 é ‘inadmissível’ e poderia ter sido aplicado na população. “É inadmissível […] terminar um ano com essa quantidade de dinheiro e deixa um déficit habitacional de mais de 80 mil pessoas Marquinsem moradia”, afirma.

Marquinhos Trad é ex-prefeito de Campo Grande - (Foto: Luciano Muta)

Trad, ainda, disse que o déficit habitacional “não é um problema apenas do Governo Reinaldo Azambuja, mas foi do André Puccinelli também”. Conforme o candidato, os políticos deixaram mais de 70 mil pessoas sem moradia. “Nós vamos fazer o contrário, mas não prometendo. Isso é compromisso”, afirmou. O ex-prefeito também lembrou feitos em sua gestão municipal e declarou que Campo Grande foi a cidade que mais entregou moradias populares até a faixa de R$ 1.800.

Questionado quanto à proposta de reativar a Polícia Comunitária em Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad afirmou que a ideia para segurança pública é “não fechar”. “Nosso estado é craque em arrecadar e em fechar as coisas. Na segurança pública, fecharam também. Fecharam não apenas as bases de prevenção, mas na repressão, diminuíram em mais de 50% o efetivo das forças de segurança de nosso MS. Não tem nenhum tipo de incentivo, de apoio, de adicional, àqueles que atuam nas áreas de fronteira”, afirmou.

O candidato também reforçou a necessidade de valorizar os profissionais da área da segurança pública, com investimentos em plano de cargos de carreiras e salários, suporte psicológico e assistência social.

Trad foi questionado quanto a segurança pública - (Foto: Luciano Muta)

Outro setor que precisa de mais investimentos, segundo o candidato, é a economia das nove regiões do estado de Mato Grosso do Sul. Conforme Estudo da Dimensão Territorial do Estado de MS, desenvolvido em 2015 pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semagro), as regiões foram delimitadas visando estabelecer referencial geográfico para a propositura de políticas de desenvolvimento regional.

O ex-prefeito, no entanto, acusa que o investimento foi declarado apenas em regiões específicas. “Privilégios vimos nos últimos 16 anos. Aliás, além de ver, eles confessam. O governador [Reinaldo Azambuja, do PSDB] que política é feita para quem gosta do grupo deles. Não é assim não. A política deve ser feita para quem gosta da gente, das pessoas, dos pequenos, dos agricultores familiares, dos assentados, dos quilombolas”, afirmou. 

“O nosso estado é muito extenso […] é o sexto maior estado do Brasil. É do tamanho da Alemanha. Cabem três ‘Portugal’ dentro. A região do Pantanal tem necessidades diferentes da região da costa leste. A região do sudoeste, o Cone-Sul, têm particularidades diferentes. Enfim, cada uma delas têm uma necessidade. Uma coisa é unânime. O Governo sumiu, e apareceu apenas no período de eleição”, declarou.

Marquinhos Trad é candidato a governador de Mato Grosso do Sul pelo Partido Social Democrático nas eleições de 2022. O número de Trad a ser votado nas urnas é 55.

Marquinhos Trad foi o entrevistado do dia no Balanço da Manhã - (Foto: Luciano Muta)

Denúncias de assédio sexual - Para Trad, as denúncias são armações políticas. “Não cometi crime algum. Esse caso não é de polícia, é da política. Da política suja, rasteira, armações”, afirma. O ex-prefeito, ainda, declara que as tentativas de boicote ocorreram em 2016, 2018 e neste ano. “O povo conhece já esse pessoal. Todas as vezes que eles são ameaçados em perder o Governo, eles agem dessa maneira”. 

Em 26 de julho, o Delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Roberto Gurgel Filho foi a público explicar as denúncias. “Existem investigações em andamento e correm sob segredo de justiça, para apurar o envolvimento do ex- prefeito da Capital, Marquinhos Trad, em crimes de abuso sexual”, explicou. 

No dia 9 de agosto, ação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Campo Grande. Na época, a defesa do ex-prefeito afirmou que a operação foi “feita de forma midiática, com presença de diversas viaturas da polícia, para prejudicar a candidatura ao Governo do Estado de Marquinhos Trad (PSD)”.

 

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