Juiz Odilon quer agregar eleitores e não se intimida com escândalos de companheiro de partido
Candidato ao Senado pelo Partido Social Democrático explica, ainda, pluralidade de bandeiras defendidas
Odilon de Oliveira (PSD), conhecido como Juiz Odilon , é o quinto candidato ao Senado Federal por Mato Grosso do Sul entrevistado na segunda etapa da Rodada de Entrevistas do Balanço da Manhã, da TV MS Record. Em conversa com Veruska Donado, Juiz Odilon debateu influência de candidato ao governo de Mato Grosso do Sul do mesmo partido indiciado por assédio sexual e pluralidade de bandeiras defendidas. “Em 2018, recebi 618 mil votos [para governador de MS]. Eu sou conhecido no estado, no Brasil inteiro. Agora, como candidato, estou começando a ser conhecido agora. Depois do início do programa eleitoral, estamos sendo reconhecidos como candidato ao Senado Federal”, contou.
Odilon, que aparece como 2º candidato ao Senado com maior intenção de votos, atrás, apenas, de Tereza Cristina (PP), explica que acredita nas pesquisas e pretende alcançar o primeiro lugar. “Confio muito na pesquisa, claro. Muitas vezes a pesquisa do TRE [Tribunal Superior Eleitoral] não traduz a realidade. Agora, a pesquisa verdadeira mesmo é a que vai acontecer no dia 02 de outubro. A realidade é bem diferente, a gente faz contato com o ‘povão’, com todas as camadas sociais e a realidade é bem diferente”, afirma.
Quanto à escolha de disputar as eleições para o Senado e não novamente para governo, esclareceu que o Partido Social Democrático (PSD) escolheu Marquinhos Trad para concorrer a governador em decorrência da experiência administrativa. “Marquinhos Trad já havia administrado e estava administrando pela segunda vez a capital do estado”, reforça. Também afirmou que as denúncias de assédio sexual vinculadas ao ex-prefeito de Campo Grande e atual candidato nas eleições não prejudicam a imagem do partido.
“Existe o chamado individualismo, cada um é cada um. Na verdade, essas acusações quadrienais [de quatro em quatro anos] contra o Trad não prejudica nem a ele, prejudica o sentimento da família dele, o sentimento dele”, afirmou. Ainda, contou que também foi alvo de acusações em 2018, porém, identificou o suspeito. “Me encontrei com essa pessoa e, durante muitos meses, dei cesta básica para ela porque fiquei com dó. Não tomei nenhuma providência de natureza penal contra essa pessoa”, declara.
Bandeiras - Perguntado sobre as bandeiras defendidas em sua proposta, Juiz Odilon afirmou pluralidade de temas pelos quais lutará caso alcance o cargo do Senado. “As pessoas me vinculam muito à segurança pública, mas eu atuei em todas as áreas do direito, [por exemplo] direito agrário, direito de família, porque eu fui juiz estadual também […] Antes de tudo isso, fui lavrador, alfabetizado aos 15 anos”, contou.
Os temas de interesse de Odilon citados por ele foram segurança público, direito agrário, minorias, saúde, habitação, emprego, geração de renda, fortalecimento da família, independência econômica da mulher redução da idade de trabalho de 16 para 14 anos. Quanto a última temática, explicou que a redução da idade de trabalho pode colaborar para a prevenção da evasão escolar, além do afastamento da sexualidade precoce na adolescência. “Quando essa proibição se estabeleceu no Brasil, há 35 anos, não havia globalização por meio da tecnologia. Hoje em dia, as pessoas trabalham de casa, então tem que reduzir a idade", defende.
“É melhor a pessoa ajudar o pai a fazer ‘bico’ em casa, porque não pode trabalhar de carteira assinada, do que a família morrer de fome. Então, ele [adolescente] sai da escola e vai trabalhar”, afirma. Ainda, defende que o tema auxilia na redução da criminalidade. “O Brasil tem 120 mil crianças em reformatórios. Então, é aquela coisa da prevenção, do fortalecimento”, declara.
Fome - Uma das temáticas utilizadas na campanha de Odilon é referente à redução da fome no estado. O candidato explica que a situação é ocasionada por dois motivos principais, sendo eles a corrupção e o agronegócio exportador. “A corrupção do Brasil em um ano daria para comprar cestas básicas de R$ 400 cada uma por 13 meses para aqueles 33 milhões de pessoas que passam fome no Brasil,” afirma.
Quanto ao agronegócio, ainda, complementa ser favorável ao setor, porém, explica que a exportação em massa exclui outras classes. “Sim, sou favorável ao agronegócio. Só que o Mato Grosso do Sul adotou a agroexportação. Quer dizer, a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina e o governo do Estado de MS se esqueceram do médio produtor rural, da Agricultura Familiar. 70 mil famílias de Mato Grosso do Sul puxam enxada. Os assentamentos, todos abandonados. Temos que criar mecanismos de produção, dar uma infraestrutura”, ressaltou.
Odilon de Oliveira, ou Juiz Odilon, é candidato ao cargo de senador pelo Partido Social Democrático. O número de Odilon a ser votado nas urnas é 555.
Confira a programação futura da rodada de entrevistas do Balanço da Manhã:
Luiz Henrique Mandetta, do União Brasil - 09 de setembro, às 06h30
Confira os candidatos já entrevistados pelo Balanço da Manhã:
Professor Tiago Botelho, do PT
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