Deputado nega ter enaltecido Adolf Hitler na Tribuna da Assembleia
João Henrique Catan discursou com livro Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler, nas mãos
O deputado estadual João Henrique Catan, PL, nega que tenha exaltado Adolf Hitler durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na sessão plenária desta terça-feira, 7 de Março. Após discursar com o livro Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler, nas mãos, o parlamentar apareceu na mídia nacional, apontado como autor de uma apologia a Hitler.
“É com a apresentação do Mein Kampf, de Hitler, que peço para que este Parlamento se fortaleça, se reconstrua e se reorganize nos rumos do que foi o Parlamento Europeu da Alemanha”, disse o deputado durante discurso na qual segurava o livro. Assista abaixo:
Contudo, ele afirma não ter jamais enaltecido os atos do nazista. Em nota, divulgada horas depois por sua assessoria de comunicação, o deputado disse que estava fazendo justamente o contrário, ou seja, criticando as ações de Hitler para enfraquecer o Parlamento.
"O Governo do Estado orientou sua base a votar contra um requerimento simples, que visava detalhar as contratações com cargos comissionados do estado. Coisa simples, da atividade fiscalizatória e devido exercício da atividade parlamentar. A citação foi justamente oposta a esse sentido, em crítica às estratégias de Hitler para anular o parlamento, corromper a democracia, até que colocou, por meio de infiltrado, fogo no parlamento alemão", disse.
O requerimento ao qual se referia Catan foi apresentado há dias atrás na Casa de Leis. O documento pedia que o Governo do Estado fornecesse a lista com os nomes de comissionados, salários, função, cumprimeiro de expediente, lotação etc. Contudo, a base aliada ao governo rejeitou o requerimento por maioria de votos.
Esta não é a primeira vez que o deputado sul-mato-grossense chama atenção por atitudes pouco convencionais adotadas em sessão plenária. Em Maio de 2022, ele comemorou a aprovação de um projeto de sua autoria com uma salva de tiros. A sessão era realizada on-line e o parlamentar estava em um estande de tiro, de onde proferiu seu voto e na sequencia comemorou disparando a pistola no alvo.
Após os tiros, o então presidente do Legislativo estadual, Paulo Corrêa (PSDB), reprovou a atitude. "Não pode fazer isso, houve um exagero", disse.
Veja abaixo, na íntegra, a nota divulgada pelo parlamentar.
O Governo do Estado orientou sua base a votar contra um requerimento simples, que visava detalhar as contratações com cargos comissionados do estado. Coisa simples, da atividade fiscalizatória e devido exercício da atividade parlamentar. A citação foi justamente oposta a esse sentido, em crítica às estratégias de Hitler para anular o parlamento, corromper a democracia, até que colocou, por meio de infiltrado, fogo no parlamento alemão.
A crítica revela que a democracia no nível estadual está fragilizada, de maneira disfarçada, institucionalizada, legalizada pelo governador do Estado, pela coalisão, está entrando em autofagia, ao queimarem a independência do parlamento estadual. Ou seja, Hitler anulou o parlamento colocando fogo no prédio, o Governo do Estado de MS ateou fogo no parlamento estadual construindo sua base para que renunciem ao exercício e independência da atividade parlamentar.
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