Com greve dos enfermeiros, população ficará sem atendimento básico a partir de segunda-feira
O motivo da paralisação é em razão ao plano de cargo e carreira da categoria que não está sendo cumprido pelo poder executivo
Enfermeiros de Campo Grande entram em greve a partir da próxima segunda-feira, 27 de fevereiro. A Prefeitura de Campo Grande foi notificada na manhã desta sexta-feira (24) sobre o ato que vai impactar diretamente os atendimentos básicos de saúde à população. Conforme o Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), o motivo da paralisação é em decorrência ao plano de cargo e carreira da categoria que não está sendo cumprido pelo poder executivo.
O presidente do Sinte, Ângelo Macedo, em reunião que aconteceu na Câmara Municipal nesta sexta-feira (24), pontuou que o sindicato tentou várias negociações que foram negadas pela administração municipal.
“O nosso plano de cargo e carreira está fadado, a prefeitura não está cumprindo a lei que é de 2020 e o enquadramento da carreira já está com o prazo legal vencido. Infelizmente vamos ter que entrar em greve, não queríamos que isso acontecesse, mas diante da inércia do executivo e da Secretaria de Saúde, onde nós tentamos diálogo e não avançamos, teremos que aderir a paralisação”, pontuou Ângelo Macedo.
Diante da greve, que está marcada para começar oficialmente em menos de 72 horas, o atendimento à população nas UPAs e unidades básicas de saúde terão grande impacto. Conforme explica o presidente do sindicato, as situações de urgência e emergência vão continuar com apenas 30% de funcionamento, mas os demais setores não funcionarão.
“A partir de segunda-feira (27) a atenção básica vai parar por completo. A urgência e emergência será mantida com 30% de atendimento. O impacto vai ser grande, vamos ter situações de risco à saúde da população, mas pedimos o apoio da comunidade para que entendam a situação. Estamos sem insalubridade desde 1998 e estamos com o plano de cargo e carreira sem estar instrumentalizado”, pontua.
A equipe de reportagem do Diário Digital segue apurando o assunto. Até o momento desta reportagem, a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria de Saúde não se pronunciaram.
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