Campo-grandenses ignoram manifestações de 7 de Setembro
Com centro lotado, população prefere curtir o ferido sem participar de manifestações

Neste 7 de Setembro, manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) e contra estão previstas em todo o Brasil. De acordo com especialistas políticos, o cenário é preocupante, principalmente porque a retórica bolsonarista se deslocou das Forças Armadas para as corporações militares estaduais.
A tensão em torno das manifestações se reflete no que as pessoas têm pesquisado na Internet. O termo "golpe 7 de setembro" disparou na busca do Google nos últimos dias, segundo o Google Trends.
Os organizadores da Campanha #ForaBolsonaro, que reúne 80 entidades e movimentos populares e sindicais, além do Grito dos Excluídos, pedem que as pessoas compareçam às manifestações munidas de máscara e álcool em gele, e que mantenham o distanciamento durante as caminhadas.
Na Capital, os protestos devem se concentrar na região central. A equipe do Diário Digital foi até o centro para ouvir a opinião dos campo-grandenses. A maioria dos entrevistados afirmou que não vai participar de manifestações. Segundo eles, a situação do Brasil é de calamidade.
Jerson Mendes de 55 anos, disse a nossa reportagem que prefere passar o feriado em um sítio. " Não está fácil viver no Brasil, aumentos absurdos de gasolina, luz e comida, os preços saltaram, até o pucheiro está caro. Ano que vem tem eleições e as coisas tem que mudar. Hoje, o brasileiro não sabe mais o que é comer uma carne o nosso país está de cabeça para baixo", ressaltou.
Israel Martins de 66 anos (Foto Emily Bem)
Para o aposentado, Israel Martins, de 66 anos, o governo atual "é um dos piores", disparou.
William Gutemberg que entrega panfletos, na Rua 14 de julho disse que ganha um salário mínimo como aposentado e precisa fazer bico para sobreviver. " É difícil pagar aluguel, alimento, água e luz com um salário mínimo. Nosso Brasil está de cabeça para baixo é um roubalheira de entristecer o povo trabalhador", enfatizou.
Agenda - A “motociata” pró-Bolsonaro terá concentração a partir das 8h45 no estacionamento do buffet Yotedy, na Rua Antônio Maria Coelho, 6200, com saída às 9h.
Já o “Grito dos Excluídos”, contra o presidente, começa com a concentração na Praça Ary Coelho, às 15h. Os manifestantes iniciam a caminhada às 16h, percorrendo as ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino.
Na manhã desta segunda-feira, véspera de feriado, o centro estava movimentado. Vários pessoas foram às compras. Em demonstração de patriotismo, carros com a bandeira do Brasil estavam circulando pela região central.
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