Bolsonaro se pronuncia e defende direito de ir e vir
Foi a primeira manifestação do presidente da República desde as eleições de domingo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez nesta terça-feira, 1 de Novembro, após o segundo turno das eleições de 2022. O pronunciamento foi rápido, cerca de dois minutos. Ele não respondeu a perguntas da imprensa.
Durante a fala, ele agradeceu os eleitores pelos 58 milhões de votos que recebeu no domingo (30) e disse que as manifestações de caminhoneiros pelo País são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".
Contudo, ele defendeu o direito de ir e vir. "As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", apontou o presidente.
Bolsonaro não fez referência à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. O pronunciamento do presidente era aguardado desde o resultado das eleições, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 19h50 do domingo (30).
Antes de fazer a declaração à imprensa, Bolsonaro se reuniu com ministros, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Victor Godoy (Educação), Marcelo Queiroga (Saúde), Ronaldo Bento (Cidadania), Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), entre outros.
Logo depois do discurso de Bolsonaro, o ministro Ciro Nogueira disse que foi autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a chefiar a equipe do Executivo que fará a transição de governo para o presidente da República eleito.
“O presidente Jair Bolsonaro me autorizou, quando for provocado, com base na lei, nós iniciaremos os processos de transição”, informou Ciro. De acordo com ele, até quinta-feira (3) a equipe de Lula vai informar à Presidência da República quem vai compor o governo de transição. O coordenador de Lula será o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito no segundo turno para o Palácio do Planalto, derrotando o atual chefe do Executivo por uma diferença de menos de 2 pontos percentuais — Lula teve 50,9% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,1%. Foi a disputa presidencial mais apertada desde a redemocratização.
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