Vítima de clínica interditada sofreu queimaduras após procedimento
Mulher teve que ser internada após o sessão de criolipólise realizado no ano passado e agora pede indenização

A empresária do ramo de alimentação, Fabiana Santos de Souza, de 41 anos, é uma das vítimas da clínica irregular All In Stetic & Laser, interditada nesta sexta-feira (28), na Vila Cidade Morena, em Campo Grande.
O sonho de realizar o procedimento estético de criolipólise - não evasivo afim de reduzir a gordura localizada por meio de congelamento das células - se tornou um pesadelo, após a sessão, provocando diversas queimaduras.
Fabiana teve que ser internada e, atualmente, está processando a clínica em mais de R$ 100 mil em indenização contra a empresa, representada pela biomédica e proprietária Jessica Parzianello Lopes.
Com a promessa de diminuir a barriga, fechou o pacote de criolipólise, no valor de R$ 2.225,00 (dois mil, duzentos e vinte e cinco reais). A primeira sessão, realizada em setembro de 2024, ocorreu sem nenhum problema, todavia, na segunda sessão, em novembro de 2024, ao fim do procedimento, sentiu a região do abdômen mais rígida e teve fortes cólicas. Após cerca de 1 hora, notou queimaduras na barriga, tirou foto e encaminhou para a clínica, que disse para utilizar uma pomada e soro.
Na manhã do dia seguinte, buscou atendimento no UPA Universitário, devido a intensidade da dor, recebendo soro e recomendação de uma pomada antibiótica. No outro dia, as lesões apresentaram bolhas e, mesmo em continuidade do uso das medicações, continuou sentido dores intensas.
No dia 04 de setembro, a clínica solicitou que a vítima fosse até o estabelecimento, no período da manhã, onde alegaram que prestariam assistência e, ao se dirigirem a uma sala, recebeu a aplicação de uma pomada. Ainda, no mesmo dia, foi pedido para que a vítima retornasse ao local, durante a tarde, para conversar com a dona da clínica, sendo orientada a assinar uma declaração do ocorrido.
No dia seguinte, o quadro apresentou piora, com aumento das dores, agravamento das lesões, com bolhas maiores e áreas em carne viva. Em contato com a clínica, foi orientada a buscar atendimento hospitalar. Ao se dirigir ao UPA, foi encaminhada para a emergência, recebeu soro e foi transferida para a Santa Casa, permanecendo internada do dia 05 ao dia 08 para tratar as lesões.
A vítima realizou procedimento para extrair o produto injetado em seu abdômen e, mesmo com a cicatrização, as marcas, tanto físicas quanto emocionais perduram, motivo este que levou ao processo contra a clínica.
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