Polícia

Vídeo: PMA encontra cerca de mil bovinos desnutridos e mais de 50 mortos

Após 4 dias de investigação, o proprietário do local foi localizado e autuado em Campo Grande

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Marina Romualdo
Mais de 50 bovinos foram encontrados mortos na fazenda que fica no interior de MS (Foto: Divulgação/PMA)

A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Coxim prendeu na manhã deste domingo (8) o proprietário da fazenda por abandono e maus-tratos de bovinos. No local, foram encontrados mais de 50 bovinos mortos às margens do rio Taquari e mais de mil desnutridos. 

Após quatro dias de levantamentos, a equipe conseguiu localizar o dono do local que foi detido em Campo Grande e conduzido a Delegacia de Polícia de Rio Verde. Conforme a ocorrência, a fazenda que fica situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, encontrava-se em situação crítica – abandonada, com falta de água e pastagens, ou qualquer outro alimento para os animais, cenário agravado pela seca severa dos últimos dias.

Embora o maquinário estivesse em condições de uso, a equipe encontrou um quadro desolador com mais de 50 bovinos mortos e em torno de 1000 vivos em condições visíveis de abandono e maus-tratos, muito debilitados e incapazes de se locomover.

Durante a vistoria, os policiais ambientais tentaram socorrer alguns novilhos, oferecendo água de garrafas térmicas e retirando animais que estavam atolados em uma poça de lama. A ação contou com o apoio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) do Ministério Público Estadual (MPE).

(Vídeo: Divulgação/PMA)

Destinação dos animais – Após os levantamentos serem concluídos pela PMA, a destinação dos animais ficará a cargo da Justiça, que poderá determinar o socorro imediato pelo proprietário por meio de sequestro de bens ou, eventualmente, realizar um leilão para resolver o caso quanto antes.

Responsabilização Administrativa e Penal – A infração cometida prevê uma multa de R$ 3.000,00 por animal, aplicada diariamente enquanto a situação perdura, podendo somar mais de dois milhões de reais por dia. A pena pode variar de 3 meses a 1 ano de detenção, conforme previsto em lei.

As ações de socorro aos animais continuam, conduzidas pelos órgãos competentes, enquanto a PMA se limita às medidas administrativas e encaminhamento do caso à Polícia Civil para as providências criminais.

O caso é um exemplo grave de negligência e maus-tratos, evidenciando a importância da fiscalização rigorosa e da atuação rápida das autoridades para a proteção dos animais.

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