Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão
Dois homens foram presos, mas liberados após pagar fiança de R$ 50 mil
A Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) prendeu em flagrante na última sexta-feira (09) dois homens envolvidos com aliciamento e prática de trabalho análogo à escravidão na região de Iguatemi (MS).
Com o levantamento de informações, a fazenda foi localizada e tinha aproximadamente 30 trabalhadores rurais de nacionalidade paraguaia, trabalhando em condições degredantes, análogas à de escravos em lavoura de mandioca e com o fornecimento de moradia precária aos trabalhadores.
Além das inadequadas e abusivas condições de trabalho, a remuneração dos trabalhadores era paga por meio de “vales”, os quais somente eram aceitos em estabelecimento comercial de propriedade do aliciador do grupo criminoso. Criando um círculo vicioso que aprisionava as vítimas, impedindo ou dificultando o retorno ao Paraguai.
O auto de prisão foi lavrado na Delegacia de Polícia Federal de Naviraí (MS). Em seguida, os envolvidos foram liberados após o pagamento de fiança no valor de R$ 50 mil, imposta pela Justiça Federal.
Os envolvidos respondem pelo crime de submeter indivíduos a condição análoga à de escravo, sujeitando-os a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, submetendo-os a condições degradantes de trabalho, restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador, além da pena correspondente à violência.
A ação também contou com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e da Assistência Social de Iguatemi.
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