Polícia

Testemunhas viram quando o corpo de psicóloga foi jogado do carro pelo filho em MS

Matheus Nascimento Kuzminskas segue preso em São Paulo (SP) por embriaguez ao volante e omissão de socorro

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Marina Romualdo
Simone Kuzminskas era funcionaria de um hospital, onde desempenhava a função de psicóloga (Foto: Divulgação)

O suspeito, Matheus Nascimento Kuzminskas, de 24 anos, que matou a própria mãe, a psicóloga, Simone do Nascimento Kuzminskas, de 46 anos, segue preso em São Paulo (SP). A vítima foi jogada de dentro do veículo pelo filho no dia 7 de abril no município de Três Lagoas.

De acordo com a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher, Letícia Mobis, testemunhas foram ouvidas e foram essenciais para conclusão do caso. "Durante as investigações, foi apurado que a vítima sofreu um feminicídio praticado pelo jovem, que é usuário de drogas e na data dos fatos foi visto em um rancho bastante alterado e discutindo com ela. Pois, queria ir embora dirigindo.

"Nós localizamos testemunhas na MS-320, onde liga a área rural onde eles estavam até a cidade. Uma das testemunhas, encontrou a vítima parada na rodovia e parou, pois, a mesma estava pedindo ajuda e dizia que estava sendo agredida pelo filho. Em seguida, viu o filho pegando ela pelo braço e pela nuca e, logo em seguida, seguiu o caminho. Quando olhou pelo retrovisor, ainda viu a vítima engatinhando pela estrada", relatou a testemunha.

Já outra pessoa que passava pelo local, informou que avistou o momento em que o corpo da psicóloga é jogado de dentro do carro em que estava. Sendo assim, a delegada responsável pelo caso esclareceu que esses elementos foram juntados com outros como as lesões que havia pelo corpo de Simone, as passagens criminais que o Matheus possui por agredir a própria mãe. Diante disso, o caso foi concluído como feminicídio.

Além disso, no dia dos fatos, o suspeito foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e omissão de socorro. Contudo, o inquérito foi concluído com o pedido da prisão preventiva dele e encaminhado ao Poder Judiciário.

O caso – A psicóloga, Simone do Nascimento Kuzminskas, de 46 anos, foi morta pelo próprio filho de 24 anos na noite de domingo (7) na Avenida Filinto Muller, em Três Lagoas.

Por volta das 20h, o rapaz teria ido até a residência dos avós maternos, que fica no município de Andradina, no interior de São Paulo, para pedir socorro e com a mãe morta dentro do veículo modelo Chevrolet Onix. No local, o avô dele ficou assustado e retirou a filha do carro e tentou fazer massagem cardiorrespiratória, mas sem sucesso.

Na ocasião, o jovem relatou que estava em um clube com a mãe, quando teria ocorrido uma briga envolvendo terceiros. Os dois então resolveram retornar para casa, mas, segundo ele, a mãe teria se jogado do automóvel em movimento. Segundo as informações, o filho disse ainda que ficou desesperado, colocou a mãe novamente no veículo e a levou até a cidade paulista.

Diante dos fatos, como não foi possível reanimar a vítima, o pai de Simone a levou até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi constatado o óbito. A Polícia Civil foi acionada ao local e o jovem suspeito teria relatado a mesma versão que apresentou aos avós. No entanto, conforme a polícia, ele apresentou contradições e o delegado responsável pelo caso acabou desconfiando do ocorrido.

O médico legista teria dito à polícia que havia marcas de rolagem do corpo da vítima, assim como alguns ferimentos, que aparentavam ter ocorrido a muito mais tempo. O jovem estava com sinais de embriaguez e foi preso em flagrante suspeito de homicídio. Além disso, pessoas próximas à família informaram que durante a tarde de domingo (7), mãe e filho estariam em um clube na cidade de Três Lagoas, e os dois teriam se desentendido e iniciado uma briga.

Para os policiais civis, o médico legista apontou que a vítima teria sido morta, entre 14h e 16h. O caso foi registrado da 1ª Delegacia de Andradina (SP), que acionou o Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil de Três Lagoas e a DAM para a investigação do caso, já que a vítima e o suposto autor são moradores da cidade, onde ocorreu o crime. 

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