Polícia

Terceiro envolvido na morte de pecuarista é transferido para Capital

Pedro Ben-Hur Ciardulo foi preso em Dourados e está sob responsabilidade da Polícia Civil de Campo Grande

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Victória de Oliveira
Pedro Ben-Hur foi preso ontem em Dourados - (Foto: Reprodução/Adilson Domingos)

O terceiro envolvido na morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, identificado como Pedro Ben-Hur Ciardulo, de 20 anos de idade, foi preso na tarde desta segunda-feira, 1º de agosto, na Sitioca Ouro Fino, em Dourados, e transferido para na noite de ontem para Campo Grande. O crime ocorreu em um condomínio de luxo na última quinta-feira (28), em Campo Grande (MS). 

O Setor de Investigações Gerais (SIG) através da Delegacia Especializada de Roubo e Furtos (Derf) localizaram o autor em uma residência que fica localizada na zona rural e é conhecida como Sitioca Ouro Fino, em Dourados (MS). A polícia encontrou com ele também uma mochila.

Pela noite, foi transferido para Campo Grande e está sob responsabilidade da Polícia Civil da Capital. Conforme as informações policiais, Pedro foi quem asfixiou a vítima até a morte. Além disso, ele estaria com os objetos que foram subtraídos da residência da pecuarista.

Andreia Aquino Flores foi morta por asfixia - (Foto: Reprodução/Rede Social)

 Prisão em flagrante – Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, e Jéssica Nelis Antunes, de 24, foram presas em flagrante e tiveram a prisão convertida em preventiva no último sábado (30) pela Justiça, em Campo Grande (MS)

O juiz Aluízio Pereira dos Santos enfatizou que o crime praticado foi grave com uso de violência e ameaças. Em seguida, elas forma levadas ao Instituto Penal Feminino Irmã Zorzi.

A defesa de Jéssica alegou que ela tem dois filhos menores, residência fixa no bairro Tiradentes e que é vendedora de pasteis. Já a defesa de Lucimara contou que a mesma mora com a companheira e seus enteados, com uma amiga e seus filhos.

Lucimara Rosa Neves e Jéssica Nelis Aquino - (Foto: Reprodução/Rede Social)

O caso –  Mãe e filha, de 43 e 24 anos, foram presas em flagrante após confessarem ter envolvimento no latrocínio que ceifou a vida da pecuarista, Andreia Aquino Flores, de 38 anos. Lucimara tinha um caso amoroso com a vítima. O crime ocorreu na tarde de quinta-feira (28) em Campo Grande (MS).

A versão das funcionárias de Andreia, que são mãe e filha, é de que foram até o Fort Atacadista do bairro Tiradentes para fazer compras com veículo da vítima modelo Jeep Compass. Ao terminarem, voltaram para o carro e encontraram dois homens dentro. Aos policiais, afirmaram não lembrar se haviam ou não trancado o veículo.

Os suspeitos mandaram elas irem para casa de Andreia. No local, entraram na residência que tem várias câmeras. Os bandidos amarraram as funcionárias em dos quartos da casa e levaram a pecuarista para outro quarto. Contaram, ainda, não saber explicar em detalhes o ocorrido durante o tempo em que ficaram em cárcere privado.

Pouco depois, os autores obrigaram a funcionária mais velha, a leva-los até o Bairro Tiradentes com o carro da pecuarista.  Ao chegar no destino, liberaram a mulher. Já na residência da vítima, a outra funcionária conseguiu se soltar e foi até o quarto onde estava a Andreia. Ela já estava morta. O corpo estava com várias lesões e com marcas de asfixia.

Diante das informações, os policiais da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf) realizaram a diligências para apurar a dinâmica do crime. A polícia constatou que a versão apresentada era fantasiosa e que ambas estavam envolvidas na morte da pecuarista.

Condomínio onde Andreia foi morta - (Foto: Luiz Alberto)

A investigação apurou que no estacionamento do atacadista, o veículo da vítima foi aberto por controle remoto pelas próprias funcionárias. Neste momento, um homem entrou no veículo no banco traseiro do automóvel. Foi apresentada essa versão e elas revelaram a verdadeira dinâmica do crime.

Segundo a versão apurada dos policiais, Lucimara convidou o cunhado, de 23 anos, para simular um roubo contra a vítima. No qual, Andreia tentou reagir e acabou sendo agredida e morta pelo homem por asfixia mecânica (esganadura). Após o fato, as mulheres jogaram água em Andreia, pensando que ela estaria apenas desacorda, mas já estava em óbito.

Para simular o roubo, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, o trio pararam em para adquirir um simulacro de arma de fogo. O objeto foi encontrado por policiais na bolsa de Jéssica. Além disso, ficou esclarecido que os autores pretendiam também obter uma quantia de R$ 20.000,00 que deveria ser exigida da vítima através de PIX no momento do assalto.

Em conversa com o delegado da Derf, Francis Flávio Tadano Freire, ele disse que as funcionárias trabalhavam há bastante tempo com a família da vítima e que confessaram o crime. Indagado sobre o envolvimento amoroso de Lucimara com Andreia, o delegado relatou não saber.

Desta forma, mãe e filha foram presas por latrocínio e a polícia segue investigando o caso.

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