Stalker é condenada a mais de 22 anos por perseguir ex-companheiro

Uma mulher, de 36 anos, foi condenada a 22 anos, 9 meses e 16 dias de reclusão, nesta quarta-feira (26), por perseguição virtual e outros crimes, em Paranaíba.

A partir das investigações conduzidas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), resultaram na sentença, porém, a decisão ainda não transitou em julgado.

O caso passou a ser apurado com o registro de ameaças e ataques virtuais, ao longo de dois anos, contra pelo menos 15 vítimas.

O ex-companheiro da investigada havia se mudado de São José do Rio Preto/SP para Paranaíba e, depois de descobrir o novo endereço, a autora passou a fazer acusações falsas na internet, alegando que o homem seria "estuprador de crianças" e possuía mandado de prisão em aberto.

A investigação aponta que familiares, amigos e empregadores da vítima foram ofendidos, repercutindo de forma emocional e profissional.

A mulher utilizava chips telefônicos, cadastrados em nome de terceiros, inclusive das próprias vítimas, além de criar perfis falsos nas redes sociais. Com autorização judicial, houve a quebra de sigilo telemático, momento que os investigadores vincularam contas e linhas telefônicas à suspeita.

Ainda, a stalker entrou com ação judicial alegando abandono afetivo, apresentando supostas conversas que, de acordo com as vítimas, foram manipuladas.

Com um mandado de busca domiciliar e de prisão preventiva, cumprida em 30 de setembro de 2024, em São José do Rio Preto, onde a investigada segue presa desde então.

Com a sentença condenatória, a mulher irá cumprir pena pelos crimes de denunciação caluniosa, ameaça, falsa identidade, perseguição (stalking), falsidade ideológica, invasão de dispositivo informático e injúria racial.