Polícia

Sindicato exige medidas efetivas para prevenir novos ataques contra policiais penais

Agentes penitenciários foram atacados na madrugada de domingo (19) por criminosos armados

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Marina Romualdo
Os suspeitos efetuaram cerca de 10 disparos contra os agentes penitenciários do Presídio de Segurança Máxima (Foto: Mateus Mundim/TVMS Record)

Os policiais penais que estavam trabalhando nas torres do Presídio de Segurança Máxima foram atacados por criminosos que estavam armados e tinham como objetivo jogar celulares para dentro do local. Diante disso, o Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul (SINSAPP-MS) pede segurança de todos os servidores.

Conforme divulgado pelo Diário Digital, na madrugada deste domingo (19), os agentes relataram que os suspeitos chegaram e efetuaram cerca de 10 disparos de arma de fogo contra eles. Em nota, o SINSAPP-MS afirmou que exige uma resposta imediata da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) visando a segurança de todos os servidores.

"É crucial que todos os policiais penais e demais servidores fiquem atentos e redobrem a cautela. O Sindicato está comprometido em acompanhar o caso de perto e exigirá medidas efetivas para prevenir novos incidentes", diz o comunicado.

Já a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário informou que o serviço de inteligência está apurando as reais circunstâncias e motivações do ocorrido, quando criminosos foram flagrados tentando arremessar ilícitos para o interior do pátio da unidade prisional.

A arma de fogo que foi apreendida com o suspeito (Foto: Divulgação/Batalhão de Choque)

"A Agepen tem adotado uma série de medidas para reforçar a segurança no local, entre elas a instalação de telamentos sobre os pavilhões, já em andamento, visando coibir arremessos de ilícitos nos pátios. Além disso, por meio de sua Escola Penitenciária, e com o apoio de instrutores do Sistema Penitenciário Federal, a Agepen já deu início a um treinamento de Plano de Defesa - Combate em Torre, a exemplo do que foi feito na Penitenciária da Gameleira 1, justamente para ações pontuais em situações semelhantes".

"Os servidores já receberam a parte teórica e agora farão a parte prática do treinamento. Somado a isso, estão sendo adotadas medidas que, nesse momento, ainda devem ser mantidas em sigilo, por questões de segurança", finalizou a nota.

(Vídeo: Divulgação/Batalhão de Choque)

O caso – Após os disparos de arma de fogo, os policiais do Choque foram acionados e em diligências pelo local, conseguiram localizar um homem que estava andando a pé na Rua Adventor Divino de Almeida.

Neste momento, tentaram realizar a abordagem policial, mas foram recebidos a tiros. Então, para cessar a injusta agressão, acabaram atingido o homem. O suspeito foi socorrido, encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Bahia, mas não resistiu e veio a óbito. Até o momento, ele não foi identificado.

Em seguida, a Polícia Civil e a Perícia Científica estiveram no local e foi apreendido celulares que estavam enrolados em espume e fita adesiva verde, característico aos lançados para dentro do presídio; arma, tipo revólver calibre 38, contendo quatro munições intactas e duas deflagradas; uma carabina T4 marca Taurus; um carregador tipo cofre e 10 munições calibre 5.56.

Diante disso, o caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição a intervenção policial e disparo de arma de fogo na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol).

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