Relatório aponta vigilância do assassino de Vanessa Ricarte
Evidências digitais apontam que a vítima tinha seus passos monitorados pelo agressor


A partir da quebra do sigilo de informações digitais dos dispositivos da jornalista Vanessa Ricarte e do músico Caio Nascimento, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), reuniu em relatório o histórico dos últimos dias da vítima de feminicídio.
É possível apontar a prática dos crimes de perseguição, exposição da intimidade e violência psicológica, além de verificar o período em que a vítima esteve em cárcere privado.
O acusado constantemente perseguia a vítima, invadia sua privacidade e liberdade, tanto por meio físico como cibernético (stalking e cyberstalking), bem como a capacidade de locomoção.
Foram verificadas evidências digitais desde o início do relacionamento do casal, no mês de setembro de 2024, com fotos românticas e estabelecendo maior vínculo a partir de outubro do mesmo ano.
Porém, desde o início do ano de 2025, Caio Nascimento inicio uma rotina de perseguição, vigiando insistentemente a vítima, que também apontava em mensagens que estaria abalada emocionalmente.
A partir de informações do banco de dados do aplicativo de mensagens WhatsApp, durante o período de 20 de janeiro a 10 de fevereiro, Caio esteve exigindo que Vanessa compartilhasse sua localização, principalmente durante o horário de expediente da vítima, que trabalhava no Ministério Público do Trabalho, privando-a de seu direito de livre circulação.
Não satisfeito, Caio realizava busca da localização de Vanessa por meio dos dispositivos para vigiar sua movimentação.
Foram apuradas movimentações de monitoramento das contas de e-mail e conteúdo de nuvem pelo stalker, que também realizou alteração das senhas, para obter controle total das contas da vítima.
Caio ainda monitorava contatos profissionais e amizades da vítima, questionando, cobrando explicações e exigindo que a vítima retornasse para casa após o trabalho. O assassino também era manipulador e se fazia do ciclo de violência para manipular a vítima, ofendendo e depois pedindo perdão, porém, o ciclo se repetia.
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