Polícia

'Queremos pedir justiça por Adriana", diz irmã da vítima de feminicídio em Anastácio

O acusado, Júlio César Miranda dos Santos, vai a júri popular no dia 7 de novembro em Anastácio

|
Marina Romualdo
Adriana Pereira foi morta no momento em que estava trabalhando (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O suspeito de matar a ex-mulher, Júlio César Miranda dos Santos, de 39 anos, será julgado no dia 7 de novembro no Fórum de Anastácio (MS). Ele é acusado de matar, Adriana Pereira, de 36 anos, com cinco tiros na frente da filha do casal, de 9 anos.

Com o júri popular marcado, a família da vítima fatal teve a ideia de realizar uma caminhada em Anastácio e, na sequência, uma passeata na cidade vizinha, em Aquidauana. O movimento tem como intuito chamar atenção da população para pedir justiça por Adriana.

A irmã da vítima, Andréa Pereira, disse em entrevista do Diário Digital que procura apenas fazer justiça. "Queremos pedir justiça por Adriana e que o suspeito seja condenado. Então, resolvemos fazer um movimento na cidade, pois, a violência que ela sofreu foi de muita crueldade. Todos gostavam dela, ela era muito querida por todos".

"Além disso, queremos alertar outras mulheres para não passarem por isso. Sendo assim, a intenção é pedir justiça por Adriana e em alusão a todas as mulheres que já foram vítimas de violência", finalizou Andréa.

Feminicídio

Conforme as informações já divulgadas pela reportagem, o autor se apresentou no dia 25 de julho, juntamente com um advogado e confessou o crime. Ele está preso pelo crime de feminicídio majorado, pois, foi cometido na frente da filha do casal e, faz com que a pena seja aumentada. Sendo assim, Júlio será encaminhado ao presídio da cidade.

A delegada titular da Delegacia de Anastácio, Karolina Souza Pereira, contou que a vítima estava trabalhando no momento do crime. "Ela estava trabalhando quando foi fechar o local, inclusive que é da propriedade de seu pai, quando o agressor entrou no local desferindo disparos de arma de fogo. A vítima foi socorrida imediatamente pelo cunhado, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no pronto-socorro".

Foi constatado que a vítima fatal já havia registrado vários boletins de ocorrência de violência doméstica contra o suspeito e tinha medida protetiva contra o agressor. No entanto, Júlio teria jurado matar a Adriana por várias vezes.

A atual companheira do autor, Ademirse Gonçalves, de 41 anos, sabia dos planos do namorado de efetuar o feminicídio. Ela foi presa na noite de segunda-feira, 24 de julho, no imóvel do casal, onde a Polícia Militar localizou 12 munições de calibre.38 milímetros intactas e três deflagradas. As balas estavam escondidas em uma meia colocada embaixo do colchão do quarto deles. 

Veja Também

Operação Apagão tem 2ª fase deflagrada em três cidades no MS

Quem são os foragidos que integram o projeto "Captura"

Drogas dentro de dois cilindros de GNV são apreendidas

Cinco são presos por tráfico doméstico de drogas durante operação