Polícia

Professor de inglês acusado de estuprar alunos foi solto em julho de 2023

Dez crianças abusadas foram ouvidas em depoimento especial durante audiência de instrução e julgamento

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Marina Romualdo
(Foto: Pixabay/Reprodução)

As crianças abusadas pelo professor de inglês no ano passado foram ouvidas durante a audiência de instrução e julgamento nesta segunda-feira (5) no Fórum de Campo Grande. O homem foi preso no dia 10 de janeiro de 2023, porém, foi solto no ano passado por determinação da Justiça de Mato Grosso do Sul.

Com informações exclusivas apuradas pelo Diário Digital, durante a audiência, 10 alunos, todos do sexo masculino, que possuem idades entre 4 a 11 anos, foram ouvidas em depoimento especial. Vale destacar, que o acusado foi solto com monitoramento eletrônico, porém, deixou de usar o equipamento no mês de julho do ano passado por determinação judicial.

Na época, o ‘teacher’, como era chamado pelas crianças, nega os crimes e afirma apenas “ser carinhoso” com os alunos. No entanto, foi preso após 14 boletins de ocorrência registrados contra ele.

Com as investigações do caso, a delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Anne Karine Sanches Trevizan Duarte, explicou que as vítimas eram majoritariamente meninos. “Nós apuramos que foram, na verdade, 14 vítimas. Dentre elas, todas do sexo masculino entre 4 a 11 anos da pré-escola ao quinto ano da Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel, na Vila Carvalho”.

Segundo a delegada, o professor negou todos os crimes durante interrogatório que durou mais de três horas. “Ele disse que ele não abusava das crianças, mas confirmou que conhecia todas elas, que lecionava para essas crianças. Então para nós da Polícia Civil, não temos dúvida nenhuma de que ele realmente praticava esses abusos”, esclareceu Anne Karine.

O homem era professor contratado da escola desde o início de 2022 e o mesmo afirmou à polícia que é a primeira vez que deu aula para crianças. Conforme os relatos, o professor aproveitava os momentos em que as vítimas ficavam sozinhas com ele na sala de aula, ou quando iam levar atividades para ele corrigir e aproveitava para colocá-las em seu colo.

Por detrás da mesa, o professor passava a mão nos órgãos genitais, bumbum e coxas das crianças, sendo a maioria do sexo masculino. Os fatos eram reiterados pelo educador, que prometia balas e entregava seu celular para que as crianças pudessem usar a internet como forma de distraí-los.

No mesmo ano, o acusado foi afastado das funções da escola pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). E, atualmente, responde pelo crime de estupro de vulnerável. 
 

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