PF investiga desvio de R$ 1,3 milhão em contratos emergenciais na Capital
Ação da Polícia Federal ocorre em sete cidades, incluindo Campo Grande, Cuiabá e Brasília, e apura prejuízo de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (23/7), em Campo Grande/MS, a Operação Portare. A ação tem como objetivo combater a corrupção e a falta de transparência em licitações e contratos firmados com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-Cuiabá).
Além do cumprimento de mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou o sequestro de bens de 10 investigados, somando cerca de R\$ 20 milhões. Dois servidores públicos foram afastados de suas funções.
A operação também foi realizada em Cuiabá/MT, Várzea Grande/MT, Rondonópolis/MT, Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e Boa Vista/RR.
As investigações tiveram início a partir de denúncias anônimas que apontavam para a inexecução contratual e indícios de superfaturamento no fornecimento de veículos ao DSEI-Cuiabá. A contratação emergencial ocorreu entre 2023 e 2024 e revelou possíveis fraudes, favorecimento à empresa contratada e acordos prévios entre agentes públicos e empresários.
O prejuízo identificado aos cofres públicos é estimado em R\$ 1,3 milhão, além do pagamento de propinas a servidores e outras irregularidades.
Durante as apurações, a Polícia Federal descobriu que servidores do DSEI-Cuiabá recebiam vantagens indevidas de empresários para favorecer suas empresas em processos de contratação.
Em uma licitação homologada em 2025, destinada à locação de veículos e vencida com proposta de R\$ 25 milhões, foram encontrados novos indícios de irregularidades.
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