Perita criminal que atuou no caso Nardoni fez análise nos laudos de Sophia
Profissional contratada afirmou que a menina já havia sido estuprada sexualmente várias vezes
A perita criminal, Rosângela Monteiro, que atuou no caso da Isabella Nardoni em 2008 analisou os laudos da pequena Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos de idade, que foi abusada sexualmente e morta pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos e, pelo padastro, Christian Campocano Leitheim, de 25 anos, no dia 26 de Janeiro de 2023, em Campo Grande (MS).
Com um parecer técnico, a perita informou que a menina vinha sendo estuprada a muito tempo. Segundo a advogada, Janice Andrade que atua para o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampos contratou Rosângela, já que os advogados de defesa dos suspeitos afirmaram que material genético encontrado no corpo da vítima fatal não era compatível com o do Christian.
Sendo assim, Janice preferiu uma opinião técnica sobre o caso e, destacou que na ausência de DNA e esperma não significa que o abusador não seja o réu. A fala da profissional se refere a defesa de Christian. Pois, no dia 19 de Maio, os advogados de defesa dele, Pablo Arthur Buarque e Willer Almeida, informaram que o laudo de DNA com comparativos e o laudo complementar neuroscopio do material genético da Sophia e do Christian deram negativo. Então, não foi localizado o material genético na menina do suspeito.
"Outro ponto, é que foi localizado em um dos cômodos da casa uma manta que foi periciada. E, o resultado pegou a defesa de surpresa. Nela tinha o material genético de outro homem. A pergunta que fica é quem estuprou a menina Sophia?!", explicou Pablo Arthur.
Relembre o caso – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de Janeiro.
O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.
Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.
Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.
Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.
Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.
Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.
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