Pecuarista asfixiada até a morte estava desconfiada de funcionária
Em áudio, Andreia Aquino Flores diz que queria demitir a mulher que planejou sua morte
A pecuarista, Andreia Aquino Flores, de 38 anos de idade, que foi morta asfixiada dentro de casa em um condomínio de luxo estava desconfiada da funcionária envolvida no crime. Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, tinha um relacionamento amoroso com a vítima e estava causando problemas.
Em um áudio, é possível escutar que a pecuarista já não estava insatisfeita e ao mesmo tempo desconfiada da funcionária. "Quero mesmo mandar embora, ela quase nem trabalha mesmo", é uma das falas de Andreia.
Por fim, a vítima ainda relatou a pessoa por meio de mensagem de áudio que Lucimara ainda estava trabalhando, pois, a devia serviços.
Escute o áudio:
Versão das funcionárias - A versão das funcionárias de Andreia, Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, e de Jéssica Nelis Antunes, de 24, que são mãe e filha, é de que foram até o Fort Atacadista do bairro Tiradentes para fazer compras com veículo da vítima modelo Jeep Compass. Ao terminarem, voltaram para o carro e encontraram dois homens dentro. Aos policiais, afirmaram não lembrar se haviam ou não trancado o veículo.
Os suspeitos mandaram elas irem para casa de Andreia. No local, entraram na residência que tem várias câmeras. Os bandidos amarraram as funcionárias em dos quartos da casa e levaram a pecuarista para outro quarto. Contaram, ainda, não saber explicar em detalhes o ocorrido durante o tempo em que ficaram em cárcere privado.
Pouco depois, os autores obrigaram a funcionária mais velha, a leva-los até o Bairro Tiradentes com o carro da pecuarista. Ao chegar no destino, liberaram a mulher. Já na residência da vítima, a outra funcionária conseguiu se soltar e foi até o quarto onde estava a Andreia. Ela já estava morta. O corpo estava com várias lesões e com marcas de asfixia.
Diante das informações, os policiais da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) realizaram a diligências para apurar a dinâmica do crime. A polícia constatou que a versão apresentada era fantasiosa e que ambas estavam envolvidas na morte da pecuarista.
“Dar um susto” - As investigações da Polícia Civil apuram se a morte da pecuarista está relacionada com a própria irmã, que teria pedido para funcionárias “darem um susto” em Andreia para que a vítima assinasse documento para quitar dívidas da família com venda de gado. Conforme a DERF, Pedro Ben-Hur teria se encontrado com a familiar da pecuarista no dia anterior o crime, 27 de julho.
Durante depoimento, as funcionárias também relataram que teriam sido procuradas pela irmã de Andreia e que ela teria oferecido R$ 50 mil caso conseguissem convencer a pecuarista. Ainda, afirmaram que acataram o pedido, porém negaram que a familiar tivesse conhecimento de todo o esquema, e que o plano fugiu do controle e terminou na morte de Andreia.
Prisão - Lucimara e Jéssica passaram por audiência de custódia na manhã deste sábado, 30 de julho. Na decisão, mãe e filha tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça. O juiz Aluízio Pereira dos Santos enfatizou que o crime praticado foi grave com uso de violência e ameaças. Desta forma, elas serão levadas para o presídio da Capital.
A defesa de Jéssica alegou que ela tem dois filhos menores, residência fixa no bairro Tiradentes e que é vendedora de pasteis. Já a defesa de Lucimara contou que a mesma mora com a companheira e seus enteados, com uma amiga e seus filhos.
Já Pedro Ben-Hur, está preso na delegacia. Ele passou por audiência de custódia na quarta-feira (03), mas o juiz de custódia afirmou não ser o competente para definir a prisão preventiva do réu. “Quem tem que determinar é o juiz que vai processar e julgar o processo dele”, esclareceu a defesa do suspeito.
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