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Operação “Abre-te Sésamo” tem 13 prisões e preocupação com moradores do Carandirú

Das 13 prisões feitas estavam duas mulheres e um adolescente de 16 anos

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Taís Wölfert
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Coletiva de imprensa sobre Operação “Abre-te Sésamo” (Foto/Luiz Alberto)

A operação "Abre-te Sésamo" realizada nesta terça-feira, 06, em um condomínio residencial invadido conhecido como Carandirú, situado no Bairro Mata do Jacinto fez 13 prisões sendo essas 11 em flagrante. Das 13 prisões feitas estavam duas mulheres e um adolescente de 16 anos. A operação contou com o apoio de outras instituições para preservação dos direitos humanos dos habitantes do local que não faziam parte das ações criminosas.

No local, foram apreendidas duas armas de fogo, mais de 50 munições, 20 mil reais em espécie, 12 kg de maconha, dois kg de cocaína e dois caminhões com objetos sem precedentes lícitos, entre os objetos estavam bicicletas, notebooks e ferramentas. Além disso, também foi constatada a existência de um local onde aqueles que se subvertiam eram mantidos em cárcere no local e açoitados.

Cerca de 50 viaturas fizeram parte da operação. (Foto: Luciano Muta)

O delegado geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, falou sobre a questão do difícil acesso ao local. "Não existe local onde a Polícia Civil não entre. Não existe local em que nós não possamos chegar".

O Carandirú também era moradia de famílias e pessoas que não faziam parte da organização criminosa. Entre elas, uma família do Maranhão que já estava há 15 dias no local. Esses moradores  faziam uso de correntes grossas e cadeados nas portas dos apartamentos.

O delegado Wellington de Oliveira falou sobre a abordagem com os moradores. "Foram mais de meses de planejamento com várias instituições cada uma com sua peculiaridade. Isso para que houvesse cuidado na abordagem, com mulheres, crianças, os mais vulneráveis. Não é só a operação em si, é também uma garantia dos direitos humanos".

O delegado Wellington de Oliveira falou sobre a abordagem com os moradores. (Foto: Luiz Alberto)


Wellington falou ainda sobre entender a situação dos demais moradores do local. "Tem que entender o contexto social. Muitas daquelas pessoas talvez não tenham tido outra opção".

Desde o início a operação foi organizada de maneira a cumprir com a questão social dos habitantes do local, a titular do 13° DP, Priscila Anuda, falou sobre isso. "O objetivo, além de cumprir os mandados, era trazer para a população que lá reside uma tranquilidade social. Poder proporcionar paz para essas pessoas".

Essa foi a primeira etapa da operação, que constatou que o prédio não têm condições de ser habitado devido a falta de infraestrutura.  Roberto Gurgel falou que "o imóvel não têm condições de ser habitado" e que será enviado um encaminhamento para o Ministério Público para que o imóvel possa ser desocupado.

A "Abre-te Sésamo" começou a ser planejada em agosto de 2022, quando foi feito um levantamento das ações criminais que ocorriam na região do Prosa, mais especificamente na Mata do Jacinto. Foi percebido que as ações englobavam casos além dos furtos, incluindo tráfico de drogas.

A Operação contou com a participação de 273 Policiais Civis, sendo eles do DRACCO, Departamento de Polícia da Capital, Departamento de Polícia Especializada e do Interior. Além destes, integraram as ações: Policiais Militares do 9ºBPM, Companhia de Canil do Batalhão de Choque, Grupamento Aéreo, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Perícia Técnica e Assistência Social, totalizando 321 servidores.

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