Polícia

Mulher que foi morta pelo companheiro tinha denunciado agressão à polícia

Gisely Duarte Galeano sofreu aborto, ficou internada por 10 dias e morreu no dia 28 de fevereiro

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Marina Romualdo
A vítima de 35 anos não quis solicitar medidas protetivas para que o autor ficasse longe (Foto: Reprodução/Rede Social)

A vítima de feminicídio, Gisely Duarte Galeano, de 35 anos, morreu após sofrer um aborto e passar 10 dias internada por ser espancada pelo companheiro, Fernando Chucarro Dias, de 35 anos, no município de Bela Vista. Ela tinha boletim de ocorrência contra o suspeito, mas não quis solicitar medidas protetivas.

Segundo as informações policiais, no dia 3 de fevereiro a vítima era de Ponta Porã e foi agredida pelo suspeito. Ela tentou registrar boletim de ocorrência e até acionou a Polícia Militar, mas ele a impediu. No entanto, como ela disse que iria denunciá-lo, Fernando foi embora para Bela Vista.

No dia 5 de fevereiro, ela conseguiu registar a ocorrência, mas não quis solicitar medidas protetivas. Na ocasião ela suspeitava que estava grávida, mas não tinha certeza. Já no dia 18, o autor manteve contato com ela e, em seguida, ela viajou para Bela Vista atrás dele. Na cidade, Gisely foi espancada e retornou para Ponta Porã toda machucada, mas foi para casa e não contou para ninguém das agressões.

No dia seguinte, os familiares dela foram até a sua residência, mas ela os atendeu apenas com o portão entreaberto, não os deixando entrar. A irmã ficou preocupada, tentou contato, porém, ela não atendeu as ligações e nem respondeu às mensagens. No dia 20, a irmã voltou novamente na casa dela e conseguiu entrar no imóvel. Gisely foi encontrada deitada no sofá reclamando de fortes dores abdominais e foi levada ao Hospital Cassems, onde ficou internada.

Após 10 dias, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. A irmã registrou o boletim de ocorrência e afirmou que o principal suspeito é o Fernando, que segue foragido. O caso está sendo investigado como feminicídio majorado, se praticado durante a gestação. Diante disso, a Polícia Civil está tomando todas as medidas cabíveis para que o autor possa ser responsabilizado criminalmente por seus atos.

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