Mulher incendiada pelo ex em Dourados morre no hospital
Valéria Carrilho foi internada com queimaduras pelo corpo e morreu na noite de ontem


Após incendiar a ex-companheira Valéria Carrilho da Silva, de 35 anos, no bairro Esplanada, em Dourados (MS), o feminicida Gilmar Alves Cotrin Junior, de 42 anos, chegou a ameaçar a babá dos filhos dele. O crime ocorreu neste domingo, 30 de julho, e o autor foi preso em flagrante. A vítima foi internada em estado grave e teve o óbito confirmado no final da tarde de ontem.
Informações da Polícia Civil apontam que o autor afirmou ter matado Valéria Carrilho incendiada porque a vítima teria “tirado sarro” dele. Segundo relatado pela delegada Ariana da Silva Gomes, Gilmar Alves pediu para a ex-companheira e os filhos irem até a casa onde ele morava. O autor afirmou que, neste momento, a ex-companheira “zombou” do pedido.
O feminicida, então, deslocou-se até a casa de Valéria Carrilho e invadiu o imóvel. No interior, foi em direção à motocicleta da vítima, retirou a gasolina do tanque, com o auxílio de uma mangueira, e colocou o combustível em um caneco. Gilmar Alves ficou no local até a chegada da vítima, momento em que jogou a gasolina no corpo da ex-esposa e com o isqueiro ateou fogo.

Já em chamas, Valéria Carrilho da Silva passou perto da motocicleta, alastrando o fogo para o automóvel. O autor fugiu do local. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital da Vida, com queimaduras no pescoço, mãos, tórax, orelhas, rosto, olhos, boca, cabelo, testa e diversas queimaduras na altura do umbigo para cima. O óbito dela foi constatado por volta das 17h30.
Depois de incendiar a ex-companheira, Gilmar Alves passou a ameaçar a babá dos filhos do ex-casal. A vítima procurou a Polícia Civil e prestou queixa contra o feminicida. Os policiais, então, iniciaram as diligência pelo homem, que foi encontrado em uma construção na rua Oliveira Marques, região central de Dourados.

No ato da abordagem, o autor proferiu ameaças contra a vítima e declarou: "não tem nada que vocês falem que me faça mudar, ela vai morrer". Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). Inicialmente, iria responder por ameaça, incêndio e feminicídio, violência doméstica e familiar, na forma tentada, porém, com a morte de Valéria Carrilho, Gilmar Alves responde pelos crimes consumados.
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