Polícia

Manifestação pede justiça por capoerista vítima de abuso pelo professor na Capital

Raul Pablo Antunes de Brum tirou a própria vida em 2021 após o crime; outras vítimas denunciaram suspeito

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Raiane Carneiro e Marina Romualdo
Amigos manifestam por Raul Pablo Antunes de Brum no Fórum da Capital (Foto: Luiz Alberto)

Amigos de Raul Pablo Antunes de Brum se reuniram nesta quarta-feira (20) na porta do Fórum de Campo Grande para pedir Justiça pelo jovem, que morreu aos 18 anos. Raul foi encontrado morto em 2 de outubro de 2021, após ter tirado a própria vida. Segundo familiares, a morte foi por conta de um abuso sexual que teria sido cometido pelo professor da academia em que ele treinava capoeira, em Campo Grande. 

Além de Raul, outras 3 denúncias surgiram contra o professor na época. Hoje, quando ocorre a primeira audiência do caso, pessoas próximas de Raul se reuniram para lembrar a história do jovem. Uma das pessoas que participa da ação era amiga de Raul e ex-capoerista do grupo, Ariana Centurion Souza, de 36 anos, que o motivo da manifestação. "O objetivo da manifestação é gritar por Justiça. Nós fizemos outras manifestações, porém, depois de 2 anos da denúncia, esta é a primeira audiência", destacou. 

Instrumentos da capoeira são colocados com cartazes de protesto (Foto: Luiz Alberto)

Souza reforçou ainda que, até o momento, 10 pessoas denunciaram o professor de capoeira. "Temos conhecimento de mais vítimas, não registradas ainda", disse. "Todas menores de 18 anos", concluiu. Ex-capoerista contou ainda que todos do antigo grupo se sentiam como em uma família e nunca havia surgido nenhum tipo de suspeita. Além disso, o homem era uma pessoa muito acolhedora para os alunos. "[O suspeito] não era só o mestre de capoeira, ele representava, principalmente para os meninos, uma figura paterna. Era assim que ele se referia ao meninos, que os meninos eram ‘filhos’ dele", lembrou.

 

 

O primo de Raul, Leandro de Souza participou da manifestação. Ele lembrou o sofrimento da família pela perda de Raul. "Estou me sentindo muito triste pela perda do meu primo e quero que a Justiça olhe para este caso, aumente a atenção deste caso", disse. De acordo com Leandro, a família só descobriu depois da morte sobre o abuso. "Eu notei um tempo que ele estava triste, mas só depois que a ficha caiu do que havia acontecido, depois que ele tirou a própria vida. Só depois a gente descobriu que o professor se aproveitava de crianças e adolescentes, embebedava, dava drogas para se aproveitar destas crianças".

 

 

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