Mãe suspeita de prostituir a filha é liberada
Juiz levou em consideração que mulher tem filhos pequenos e concedeu liberdade provisória

A mulher de 41 anos suspeita de obrigar a filha de 16 anos a se prostituir para ajudar a pagar as contas da casa foi liberada da prisão após audiência de custódia nesta sexta-feira, 16 de Outubro. A liberdade provisória foi concedida pelo juiz Carlos Alberto Garcete em cumprimento de plantão no Fórum de Campo Grande (MS).
A mulher estava presa em cela da Delegacia de Atendimento à Mulher, Deam, da Capital desde a madrugada de quinta-feira, 15. Após denúncia da filha, ela foi autuada em flagrante e indiciada por crime de favorecimento à prostituição e lesão corporal dolosa.
Ao conceder a liberdade provisória, o juiz levou em conta que a mulher tem crianças pequenas, residência e emprego fixos. Ele determinou o comparecimento dela ao setor de atendimento psicossocial da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso para o estudo de caso.
Em depoimento à polícia, a mulher negou os crimes. Porém, a filha insiste que era a mãe quem marcava os encontros sexuais pelo aplicativo WhatsApp. A adolescente afirmou ainda que apanhava e era expulsa de casa quando um programa não dava certo.
O caso veio à tona na madrugada de quinta-feira, 15 de Outubro, quando, após ser expulsa de casa mais uma vez, a garota ligou para a Polícia Militar (PM) e denunciou a situação. A menina tinha lesões pelo corpo supostamente causadas pelas agressões da mãe e foi encaminhada para a perícia.
Após os procedimentos da polícia, a adolescente foi levada para um abrigo onde permanece.
Mulher nega crime - Em depoimento, a mulher negou que tenha alguma vez pedido para a filha se prostituir. A mãe diz que a adolescente fazia programas sexuais por rebeldia e que seria contra.
A própria suspeita ofereceu à polícia o telefone celular dela para que o caso seja investigado. A mãe já tem antecedentes criminais por agredir a filha e outros crimes.
O caso inicialmente registrado na Deam foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, a DEPCA, que dará andamento às apurações, pois trata-se de vítima com menos de 18 anos.
As investigações deverão chegar também aos 'clientes' da menina que poderão ser indiciados por abuso sexual.
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