Mãe nega que filho estava armado na avenida Gunter Hans
Mãe de Gabriel Rojas contestou a versão da PM e disse que arma foi "plantada"
A morte de Gabriel Rojas Luna, de 23 anos, é um mistério para a família dele. Nesta manhã, 14 de agosto, a mãe do jovem assassinado em intervenção policial após supostamente apontar arma de fogo para policiais militares esteve em delegacia de Campo Grande (MS) para prestar depoimento. Rosana Rojas, de 42 anos, reafirma diversas vezes que o filho Biel, como era carinhosamente chamado, não tinha arma nenhuma.
Era bem cedo quando policiais militares disparavam contra Gabriel Rojas Luna. Segundo a equipe da Polícia Militar, o jovem estava armado no momento da abordagem, na avenida Gunter Hans, e teria descido de um veículo Chevrolet Celta e apontado um revólver .38 milímetros para as autoridades. Os militares afirmam que dispararam para repelir possível agressão.
A mãe de Biel, Rosana nega que o filho estivesse armado. “Meu filho era trabalhador, trabalhava desde os 18 anos no mesmo posto de combustíveis. Não tinha arma no carro do meu menino”, disse ao Diário Digital. Para a mãe, os policiais militares plantaram o armamento no carro.
O jovem estava em uma festa durante a madrugada e daria carona para duas adolescentes, de 16 e 17 anos, e uma jovem, de 18 anos, que estavam no veículo dele no momento da ocorrência. Uma delas teria comentado com a mãe que viu quando Gabriel desceu do veículo com as mãos na cabeça. Ainda, comentou que viu policiais com a suposta arma utilizada pela vítima fatal.
Amigos lembram com carinho - Nas redes sociais de Biel, amigos lamentam a morte do jovem. Os comentários, ainda, questionam a possível “troca de tiros” indicada pela Polícia Militar. “Primeira vez na minha vida que vou questionar uma troca de tiros da polícia, porque quem conhece sabe que não faz sentido isso. Descanse em paz Rojas Rojas”, escreveu uma amiga.
Outros conhecidos de Gabriel Rojas Luna descrevem o ocorrido como “injustiça”. “Engraçado foi dizer que teve troca de tiros, sendo que só um lado que atirou.. Inacreditável”, pontuou internauta. Ainda, segundo a mãe do jovem morto nesta manhã, a única suposta passagem pela Polícia Civil que o filho tinha foi referente a uma vias de fato com um tio dele.
Sem boletim - O Corpo de Bombeiros foi acionado para tentar socorrê-lo. Gabriel Rojas Luna ficou 30 minutos em tentativa de reanimação. Ele não resistiu e morreu no local onde foi atingido pelos disparos. A mãe da vítima esteve na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol e relata, ainda, que deixaria o local sem o boletim de ocorrência da morte do filho em mãos.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar para esclarecimento do caso e aguarda retorno da Corporação.
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