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Polícia

Mãe e padrasto são denunciados pelo MP por homicídio e estupro

Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos, teve a perna quebrada com chutes do padrasto

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Marina Romualdo
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Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campocano Leitheim seguem presos (Foto: Reprodução/Rede Social)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie de Jesus Ocampo, de 24 anos e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, de 25 anos, por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina. 

A pequena, Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos e sete meses, foi assassinada no dia 26 de Janeiro, na Vila Nasser, em Campo Grande (MS). Na data, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões. Diante da situação, Stephanie e Christian foram presos em flagrante pelo crime.

No último dia 03 de Fevereiro, o laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morta em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Além disso, foi estuprada porém, “não recente”.

Sophia, de 2 anos, foi morta após constantes agressões do padrasto (Foto: Arquivo Pessoal)

Omissão – Segundo a delegada da Delegacia Especializada da Criança ao Adolescente (DEPCA), Anne Karine Sanches Trevizan, o sigilo telefônico do casal foi quebrado e nele revela quais seriam os próximos passos dos assassinos. Os acusados combinaram o que falariam para a polícia a respeito da morte da menor.

De acordo com as investigações, os suspeitos  já sabiam que a criança estava morta, mas a levaram para UPA. A menina foi morta entre 9h e 10h do dia 26, porém, foi levada para unidade de saúde apenas às 17h.

Além disso, a delegada informou que o motorista de aplicativo que levou Stephanie até a UPA, foi ouvido e relatou a polícia que não ouviu a menina chorar.

Com medo de acontecer o pior com a filha, o pai da Sophia, Jean Carlos Ocampo e o companheiro, Igor de Andrade registraram boletins de ocorrência por maus-tratos em duas ocasiões na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). Os fatos ocorreram em dezembro de 2021 e outro em novembro de 2022.

Em uma das vezes, a criança estava com a perna quebrada. Durante a investigações, foi descoberto que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.

Contudo, na coletiva de imprensa na última segunda-feira (06), o delegado Roberto Gurgel afirmou que não houve negligência por parte da Polícia Civil e que todos os protocolos foram seguidos.

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