Polícia

Justiça nega liberdade a padrastro acusado de estuprar e matar Sophia

Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos, segue preso a espera do julgamento

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Marina Romualdo
Christian Campocano Leitheim segue preso (Foto: Reprodução/Rede Social)

A Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido a prisão preventiva de Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos, que é acusado de estuprar e matar a Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos de idade, até a morte, em Campo Grande (MS).

De acordo com a defesa que é representada pelo advogado, Renato Cavalcanti Franco, a decisão será analisada para tentar recurso. O pedido para que o padrasto da criança respondesse o crime em liberdade ocorreu na 1° audiência de instrução e julgamento que foi realizada no dia 17 de Abril, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Na data, a defesa alegou que estava fazendo o pedido, pois, Christian sofrendo ameaças dentro da prisão. Diante do fato, foi dado o prazo de 48 horas para que o relatório de ameaças fosse apresentado pela defesa do acusado e que foi negado pelo juiz, Carlos Alberto Garcete de Almeida. 

Sophia, de 2 anos, foi morta após constantes agressões do padrasto (Foto: Arquivo Pessoal)

Relembre o caso – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de Janeiro.

O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.

Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.

Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.

Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.

 

 

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