Justiça de MS nega pela segunda vez pedido de liberdade de Cezário
Ele foi preso no dia 21 de maio durante uma operação que constatou que ele desviava mais de R$ 6 milhões do esporte
A Justiça de Mato Grosso do Sul negou pela segunda vez o pedido de liberdade do presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos. Ele foi preso no dia 21 de maio durante a Operação "Cartão Vermelho" que foi deflagrada em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com a decisão, a prisão foi mantida como forma de resguardar a ordem pública, a instrução processual e a aplicação da lei penal. Além dele, outros 6 alvos da ação irão permanecer presos. Os envolvidos são acusados por desviar mais de R$ 6 milhões do esporte entre o ano de 2018 a fevereiro de 2023.
Já no dia 28 de maio, Cezário não compareceu para prestar depoimento à sede do Gaeco. De acordo com o advogado de defesa, André Borges, foi apresentada ao Gaeco uma petição, na qual, resguarda o direito constitucional do silêncio. Diante disso, ele vai aguardar a denúncia do Ministério Público para prestar esclarecimentos à Justiça. "A defesa está tomando as providências para garantir a liberdade ele".
"Nesta primeira fase, ele vai usar o direito de ficar em silêncio. Pois, ele vai se defender e combater a acusação pelo fato de que o Cezário afirma que quando conseguir a liberdade vai conseguir provar e explicar, justificar tudo aquilo apresentado até o momento. Até o momento, temos apenas uma investigação e desta forma, é preciso que seja apresentada uma denúncia para a partir disso combater a acusação", ressaltou Borges. Indagado se o cliente nega ou não o desvio de dinheiro, ele afirmou que até o momento ele relatou que não praticou nenhum crime. "Todas as provas serão apresentadas na Justiça. Inclusive, o dinheiro apreendido é fruto da economia dele e tudo será explicado no exato momento".
Já os demais investigados, chegaram a ir ao Gaeco, porém, apenas os dois sobrinhos de Cezário prestaram depoimento alegando que apenas eram prestadores de serviço. Diante disso, Cezário e outros seis alvos da ação são investigados de terem desviados mais de R$ 6 milhões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação. Diante disso, o presidente interino que atual no momento é o Estevão Petrallas.
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