Polícia

Justiça condena mulher que encomendou morte do próprio pai em MS

Ireno Dias dos Santos, de 70 anos, foi executado a tiros por R$ 200 mil

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Marina Romualdo
Carro utilizado no dia do crime (Foto: Reprodução)

Irene Márcia Teodoro dos Santos, de 36 anos, foi condenado a 30 anos de prisão mais 188 dias-multa pelo assassinato do próprio pai, Ireno Dias dos Santos, de 70 anos, no dia 30 de agosto de 2021, em uma propriedade rural que fica localizada no distrito de Vila Vargas, em Dourados (MS). Além dela, o amante Adaías Oliveira da Silva também foi condenado a 25 anos e nove meses em regime fechado.

A decisão foi expedida pela 1ª Vara Criminal de Dourados. De acordo com a Justiça, ela foi quem arquitetou o crime junto com o Adaías. De acordo com o Ligado na Notícia, a polícia investigou o crime como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, já que três pessoas invadiram a propriedade rural e levaram cerca de R$ 200 mil do cofre.

No entanto, a decisão judicial destaca que acusação argumentou que embora a defesa dos envolvidos tenha alegado que a intenção não era a morte do agricultor, o criminoso almejavam o óbito do mesmo, uma vez que eles invadiram a residência com coletes balísticos.

Além disso, na documentação consta que a linha de investigação apontou que Irene como responsável por elaborar o plano de assassinar o pai – "pois possuía informações privilegiadas sobre a existência de dinheiro no cofre, sabendo que ele estaria na residência sozinho, com o seu filho [a criança de dez anos]".

Adaías Oliveira da Silva e Irene Márcia dos Santos (Foto: Reprodução/Ligado Na Notícia)

Na data, três homens invadiram a propriedade e perguntaram para a vítima fatal, que estava na companhia do neto, onde estava o cofre. Em seguida, atiraram contra o idoso e a criança conseguiu correr pela estrada chegando até um sítio vizinho e contou o que havia acontecido.

Ainda conforme o Portal de Notícias, no decorrer das investigações a filha passou a ser suspeita depois que familiares relataram que não conseguiram ligar para Irene e informar que seu pai havia sido assassinato e, também, porque segundo a polícia apenas pessoas próximas à vítima tinham conhecimento do local do cofre.

Inclusive, o que contribui também para que a acusada e o amante fossem condenados, foi a arma utilizada no crime que continha laser. O cabo da reserva, foi flagrado logo após o crime com uma pistola nova  milímetros, municiada com o mesmo calibre dos tiros que atingiram o agricultor. Ele foi encaminhado à delegacia por porte ilegal de arma e os investigadores apuraram que a pistola tinha exatamente as mesmas características da que foi usada no crime.

(Foto: Reprodução)

Relembre o caso – Durante as investigações, Irene foi indagada pela polícia pela dificuldade de ser contatada pelos familiares. Ela entrou em contradição e informou que estava na casa de uma amiga. Porém, essa colega desmentiu e ainda contou que a acusada havia pedido para mentir. No dia do crime, Irene e Adaías passaram a noita no motel.

O menino, de 10 anos, também foi importância para apuração do caso. Ele disse que a pistola usada por um dos criminosos tinha três pontos de miras na cor verde, igual a do militar. E, que o suspeito estava com roupa camuflada do exército e coletes à prova de balas.

Os policiais perceberam que o porta-malas do carro do suspeito estava amassado, compatíveis com o transporte do cofre. Os celulares dos acusados também haviam passado por formatação recentes.

Após o crime, parte do dinheiro roubado foi depositada em uma conta do militar e a polícia tenta descobrir para onde foi o restante. A arma e o veículo modelo Fiat Argo do militar que foi utilizado no crime, também foram apreendidos.

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