Joias dadas a Bolsonaro têm mais de 2,2 mil diamantes, revela perícia da PF
Integrantes da corporação foram à Suíça para atestar o real valor dos presentes
Peritos criminais da Polícia Federal encaminhados à Suíça para avaliar o valor das joias dadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concluíram que há mais de 2,2 mil diamantes nos presentes. Os itens de luxo foram dados pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente e foram apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021. Os produtos, da marca suíça Chopard, foram estimados em R$ 16,5 milhões.
O laudo técnico com o valor específico das joias deve ficar pronto esta semana, como apurou a reportagem. Somente no colar, que seria um presente destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a avaliação dos peritos é de que a peça contém aproximadamente 2 mil diamantes. Os itens de luxo, da marca suíça Chopard, foram estimados em R$ 16,5 milhões, mas a Polícia Federal quer atestar o valor real.
Os enviados à Suíça já retornaram ao Brasil, mas ainda não fecharam o valor preciso das joias. As pedrarias foram dadas pelo governo saudita em 2021. O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque as recebeu durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual Bolsonaro foi convidado, mas enviou o ex-ministro no lugar dele. No retorno ao Brasil, as joias foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque.
Entre os itens de luxo estão a escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes. Na época da apreensão das joias, Albuquerque chegou a dizer aos servidores da Receita que seriam um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Outros kits
Após a divulgação do caso, também foi revelado que o ex-presidente ficou com um terceiro conjunto de joias vindas da Arábia Saudita. Avaliado em cerca de R$ 500 mil, o conjunto, composto de relógio, caneta, anel, abotoaduras e masbaha (um tipo de rosário), foi oferecido a Bolsonaro em 2021. A defesa de Bolsonaro entregou os objetos, em março, à Caixa Econômica Federal.
O valor estimado do relógio Rolex é de R$ 364 mil. O ex-presidente voltou com o conjunto de joias para o Brasil e deu ordens para que os itens fossem levados a seu acervo privado. Um formulário de encaminhamento de presentes para o presidente foi preenchido, com a especificação de cada item do conjunto de joias.
A guarda dessas joias permaneceria no acervo privado de Bolsonaro por mais de um ano e meio, até que, já em 2022, o então presidente daria novas ordens, em 6 de junho, para ficar com as joias. Dois dias depois, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam "sob a guarda do presidente da República".
(Com informações Portal R7)
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