Polícia Federal conclui que deputado Trutis forjou atentado
Inquérito da Polícia Federal será analisado pelo Supremo Tribunal Federal


A Polícia Federal conclui o inquérito que investigava o atentado contra o deputado Loester Carlos, o Trutis (PSL), denunciado pelo parlamentar em fevereiro do ano passado, e identificou que ele foi forjado. Conforme relatório encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana, Trutis cometeu falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo e dano ao patrimônio privado.
Por ser parlamentar federal com foro privilegiado, cabe ao Supremo decidir se ele será indiciado pelos crimes ou não. O relatório deve ser analisado pela ministra Rosa Weber. Caso o indiciamento seja autorizado, a denúncia contra Trutis é feita pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Além do deputado, também há provas contra Ciro Fidelis, assessor que o acompanhava no dia em que teriam simulado o atentado. O Diário Digital entrou em contato com o assessor do parlamentar, mas até a publicação da reportagem não houve resposta.
Em novembro do ano passado, Trutis foi detido e levado a sede da Polícia Federal, em Campo Grande, por porte ilegal de arma de uso proibido, durante a Operação Tracker, deflagrada para investigar o atentado.
Na época, em vídeo nas redes sociais, ele negou ter sido preso e afirmou ter ido à sede da PF para prestar esclarecimentos e levar documentos sobre a presença das armas em sua residência.
Desde o início das investigações, o deputado refutou as suspeitas de que teria forjado um atentado contra a próprio carro no dia 16 de Fevereiro de 2020. O suposto ataque aconteceu quando ele e o motorista seguiam para a cidade de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande. O veículo foi alvejado por, no mínimo, cinco tiros, na versão de Trutis.
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