Idoso que foi morto e esquartejado tinha passagem pela polícia por estupro
Polícia confirmou que Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos, cometeu o crime em 2018


O idoso, Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos, que foi morto e esquartejado pela própria companheira, Aparecida Graciano de Souza, de 61 anos, tinha passagens pela polícia pelo crime de estupro de vulnerável.
Segundo as informações policiais, o idoso cometeu o crime no ano de 2018 contra a neta de sua ex-companheira na época. Na ocasião, a menina relatou a vítima fatal teria lhe mostrado o pênis e foi obrigada a tocá-lo.
No entanto, vale destacar que a polícia afirmou que a morte do idoso não tem qualquer relação com a passagem pela polícia. Sendo assim, após confessar o crime, Aparecida foi presa em flagrante.
O caso – Na última segunda-feira (29), Antônio foi morto intoxicado por veneno de rato. Conforme relato de Aparecida de Souza, ela lembrou que sua irmã já ingeriu o tóxico conhecido como "mão branca" e quase veio a óbito e, diante disso, resolveu dar ao marido afirmando que era remédio.
O homem vivia sob cuidados dela após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ao ser interrogada, a assassina confessa esclareceu que a vítima a maltratava e, apesar da assistência que dava ao marido por conta de dificuldades de locomoção, Antonio não a valorizava, dizia que ela o roubava e a ameaçava.
Pela manhã do dia 22 de maio, ela fez o marido ingerir o veneno. A mulher conta que passou o dia indo ao quarto e checando se a vítima, que estava acamada, havia morrido. Ao anoitecer, constatou que Antonio havia falecido e cobriu o corpo com um lençol. A autora relata ainda que escolheu dormir em outro cômodo e afirmou estar “fria e sem sentimentos”.

Na terça-feira (23), passou a ficar preocupada com o que faria com o cadáver. Então, esquartejou o marido, separando o tronco, a cabeça e membros, pois “sempre matou porcos e sabia como fazer tal procedimento”. A idosa colocou um plástico em cima da cama que ele estava, bem como usou panos para conter o sangramento, e deixou as partes do corpo sobre o móvel.
O cadáver começou a exalar forte odor na quarta-feira (24). Então, Aparecida colocou o tronco do marido em uma mala e chamou dois rapazes conhecidos para auxiliá-la a colocar a mala no carro. Os homens estranharam o cheiro forte e a questionaram, momento em que a autora respondeu que havia colocado veneno de rato na casa e alguns animais mortos deveriam ter sido colocados por engano na mala cheia de retalhos.
A autora relata ter dado carona aos homens até as residências deles e que pagou cerca de R$ 30 pelo serviço. Depois, dirigiu-se até a BR-158, saída para Três Lagoas (MS), e empurrou a mala do veículo, retornando para Selvíria (MS) em seguida.
Após relatar diferentes versões, a idosa não sustentou a versão e confessou o crime. Ela foi presa e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) representou pela prisão preventiva de Aparecida. A decisão foi acatada pela juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da IV Região - Três Lagoas, Água Clara e Brasilândia e a assassina confessa responderá pelo homicídio qualificado de Antônio Ricardo em reclusão.
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