Idoso é preso por abusar de adolescente durante sessão religiosa na Vila Almeida
Autor se apresenta como "pai-de-santo" e teria tocado partes íntimas da vítima
Idoso, de 63 anos, foi preso na manhã desta terça-feira, 22 de novembro, por tocar partes íntimas de adolescente em sessão religiosa no bairro Vila Almeida, em Campo Grande (MS). O autor se apresentava como pai-de-santo de terreiro na capital e utilizou uma das sessões para abusar sexualmente da adolescente. Em depoimento à Polícia Civil, nesta manhã, o homem não negou o crime e relatou não se recordar das sessões.
Conforme a delegada da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, Karen Viana Queiroz foi a mãe da adolescente quem acionou a Polícia Militar após o abuso sexual. Os policiais foram até o endereço indicado e prenderam o homem em flagrante. “Como a adolescente indicou a cor da cueca que ele estava usando, eu pedi para ver se era a mesma na revista. Como é, a gente apreendeu para ver se tem algum tipo de material para fazer a perícia”, relata.
A adolescente relatou aos policiais civis que o autor teria, em outra ocasião, encostado na virilha dela. Anteriormente, já tinha sido atendida pelo homem, porém afirma que foi a primeira vez que o abuso sexual ocorreu. “Ele chegou a ejacular, então foi só toque. Ele chegou a lavar a mão”, explica. É importante ressaltar que o crime ocorrido é um caso isolado. Práticas de abuso sexual e estupro não são, de forma alguma, naturalizadas nem recorrentes em religiões de matriz africana (terreiros) ou demais religiões.
Segundo a delegada Karen Viana, o acusado afirma não recordar dos abusos sexuais e que o toque físico é parte da sessão. “[Ele disse que] se há algum tipo de toque, era usado para liberar a energia obsessora da pessoa, então isso é por meio dele. Então, tem que encostar. Quanto ao órgão genital, afirma que não se recorda, mas que, se aconteceu, como a vítima relatou, é a forma usada para descarregar essa energia negativa”, explica.
A vítima, por ser menor de idade, será ouvida pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). “Tudo o que foi colhido de depoimento veio por parte da mãe dela, que está muito abalada com o caso”, detalha Karen Viana. Ainda, conta que a família frequenta o local há cerca de quatro meses, porém o autor afirma atuar por lá há mais de 40 anos.
“Acredito que como ele fala que a energia da pessoa, dependendo da área que ela está com dor, são liberadas por meio de toque, não sei já aconteceu isso antes. Porque as pessoas não falam, ele realmente pede sigilo durante a sessão porque o que é dito ali tem que ficar entre o lado espiritual e a pessoa”, comenta.
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