Polícia

Homem que matou mulher na frente da filha é condenado a 24 anos

"Peço perdão aos familiares, sei que é difícil" diz Júlio na cadeira de réu

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Thays Schneider
Adriana Pereira foi morta no momento em que estava trabalhando (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Júlio César, réu pelo assassinato da ex-companheira, Adriana Pereira, pediu perdão aos familiares durante o depoimento no Tribunal do Júri, na tarde desta terça-feira, 7, na comarca de Anastácio.

Acusado foi condenado a a 24 anos de prisão por matar a ex-companheira. Na cadeira dos réus, Júlio pediu desculpas pelo crime, apesar de estar de costas para a plateia. “ Peço perdão aos familiares, sei que é difícil” disse no primeiro depoimento.

Ele ainda confessou que fez os disparos contra a ex-companheira no dia do crime. Amigos e familiares acompanham a sessão, inclusive, com mensagens e pedidos de justiça.

 

Feminicídio

Conforme as informações já divulgadas pela reportagem, o autor se apresentou no dia 25 de julho, juntamente com um advogado e confessou o crime. Ele está preso pelo crime de feminicídio majorado, pois, foi cometido na frente da filha do casal e, faz com que a pena seja aumentada. Sendo assim, Júlio será encaminhado ao presídio da cidade.

A delegada titular da Delegacia de Anastácio, Karolina Souza Pereira, contou que a vítima estava trabalhando no momento do crime. "Ela estava trabalhando quando foi fechar o local, inclusive que é da propriedade de seu pai, quando o agressor entrou no local desferindo disparos de arma de fogo. A vítima foi socorrida imediatamente pelo cunhado, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no pronto-socorro".

Foi constatado que a vítima fatal já havia registrado vários boletins de ocorrência de violência doméstica contra o suspeito e tinha medida protetiva contra o agressor. No entanto, Júlio teria jurado matar a Adriana por várias vezes.

A atual companheira do autor, Ademirse Gonçalves, de 41 anos, sabia dos planos do namorado de efetuar o feminicídio. Ela foi presa na noite de segunda-feira, 24 de julho, no imóvel do casal, onde a Polícia Militar localizou 12 munições de calibre.38 milímetros intactas e três deflagradas. As balas estavam escondidas em uma meia colocada embaixo do colchão do quarto deles. 

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