Polícia

Homem é indiciado por estelionato após forjar roubo de veículo

Investigações obtidas mostraram que o veículo estava na fronteira já um dia antes do suposto assalto

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Da redação
(Foto: Divulgação/PCMS)

A Delegacia de Polícia Civil de Fátima do Sul desvendou mais um caso de falsa comunicação de crime, desta vez envolvendo um homem de 23 anos. O suspeito registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de um assalto na rodovia entre Fátima do Sul e Dourados.

Durante a investigação, os policiais descobriram que ele mesmo levou o carro até a fronteira com o Paraguai. De acordo com seu relato inicial, o homem alugou um veículo na cidade de São Lourenço (MG), onde reside e trabalha. Ele afirmou que pretendia ir ao Paraguai comprar roupas para sua filha, que está prestes a nascer, e que, na noite de sexta-feira (13), foi abordado por dois criminosos em uma motocicleta, que anunciaram o assalto e levaram o veículo e R$ 5.000 em dinheiro.

Após o suposto crime, disse ter caminhado até a cidade, se hospedado em um hotel e somente no dia seguinte procurado a Unidade Policial para relatar o caso. No entanto, durante a oitiva, os policiais notaram diversas contradições no relato do suspeito e iniciaram diligências para verificar a veracidade da denúncia. A reviravolta veio quando informações obtidas mostraram que o veículo estava na fronteira já um dia antes do suposto assalto.

Confrontado com as evidências, a “vítima” acabou confessando que ele mesmo levou o carro até a fronteira, mas se recusou a informar quem teria feito a encomenda e quem recebeu o automóvel.

Além disso, a inconsistência sobre o dinheiro supostamente roubado também chamou atenção. No primeiro momento, ele alegou que carregava R$ 5.000,00, mas depois admitiu que essa informação era falsa e que possuía apenas R$ 1.000,00, valor usado para cobrir despesas da viagem.

Segundo caso de falsa comunicação de crime no ano – É o segundo caso de falso roubo noticiado registrado neste ano e desvendado pela Delegacia de Fátima do Sul somente neste ano. Assim como no caso anterior, o autor responderá pelos crimes praticados.

A Polícia Civil ressalta que a comunicação falsa de crime mobiliza agentes, desvia recursos públicos e compromete a investigação de delitos reais, tornando essa prática altamente reprovável. Diante das evidências, o autor foi indiciado pelos crimes de estelionato e comunicação falsa de crime. 

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