Homem é condenado por matar indígena
Condenação aconteceu 18 anos depois do crime ter sido cometido
João Carlos Gimenez Brito foi condenado pelo homicídio do indígena Dorvalino Rocha, da etnia Guarani Kaiowá. Crime ocorreu em 2005, em Antônio João (MS), em 24 de dezembro de 2005. João Carlos foi condenado a 16 anos de prisão. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), essa é a primeira vez que é alguém é condenado pela morte de um indígena no MS.
“O estado de Mato Grosso do Sul tem uma das maiores taxas de assassinatos de indígenas do país! Mesmo assim, essa é apenas a terceira vez que um caso desses chega a ser julgado pelo Tribunal do Júri e a primeira em que há condenação. A decisão é um marco histórico para o Povo Guarani Kaiowá”, contou o procurador Ricardo Pael Ardenghi, assistente de acusação e integrante do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri, vinculado à Câmara Criminal do MPF, de acordo com nota do órgão.
De acordo com a Agência Brasil, a vítima, que andava por uma estrada, foi abordada por um carro com seguranças particulares. João Carlos era o condutor e atirou em Dorvalino duas vezes, um dos tiros atingiu o peito da vítima. Dorvalino recebeu socorro, mas não resistiu e morreu.
Na época, João Carlos era segurança privado na empresa Gaspem, que é acusada de atuar de forma ilegal em processos de conflitos agrários. Além de ser considerada a responsável por ataques que levaram a morte de duas pessoas em 2009 e 2011.
Em 2006, a denúncia do MPF por homicídio doloso (com intenção de matar) foi apresentada na 1° Vara Federal de Ponta Porã (MS). Inicialmente, depois de recursos, foi marcado para 2019, mas sofreu adiamento devido pedido de desaforamento do caso.
Além da condenação, João Carlos também foi condenado a pagar uma pensão mensal aos familiares de Durvalino
Veja Também
Após lucrar R$ 2 milhões com golpes, suspeito tem caminhão apreendido no interior de MS
Corpos de irmãos são encontrados na Linha Internacional
Veterinário e peão são mortos a facadas após discussão em fazenda