Polícia

Fonoaudiólogo é condenado a 25 anos de prisão por estupro de vulnerável

Wilson Nonato Rabelo Sobrinho foi preso em flagrande no dia 09 de março de 2022 após denúncias

|
Marina Romualdo
Fonoaudiólogo está preso desde 09 de março de 2022 (Foto: Alex Machado/TV MS Record)

O fonoaudiólogo, Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 30 anos, foi condenado a 25 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. Wilson foi preso em flagrante na tarde do dia 09 de março de 2022, após uma criança, de apenas 8 anos de idade, denunciar o abuso sexual em seu consultório.

Na decisão, o juiz Robson Celeste Candelorio da Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital assinou a sentença e reforçou que não há dúvidas dos fatos que ocorreram. Além disso, destacou que o próprio acusado confessou o crime.

Vale lembrar que o fonoaudiólogo foi condenado apenas por uma denúncia, a da criança de 8 anos. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) ainda apura outras denúncias de abuso sexual que na época passou para 16 o número de ocorrências.

Relembre o caso – O fonoaudiólogo, Wilson Nonato Rabelo Sobrinho foi preso em flagrante na tarde do dia 09 de Março de 2022, após uma criança, de 8 anos, denunciar abuso sexual em seu consultório que fica localizado na rua 25 de Dezembro, em Campo Grande (MS). Autor passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva no dia 10 de Março, na Delegacia Esp. de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

Na época, a equipe do Diário Digital conversou com o advogado da família, Silvio de Almeida que relatou que o pequeno fazia tratamento com o profissional no período de 5 meses. "Na terça-feira (08), a criança questionou seu irmão mais velho, de 10 anos, se era normal o "fono" tocar em suas partes íntimas (órgão genital masculino). O irmão que também já havia feito terapia, no entanto com outra profissional, respondeu que não, ou seja, não é normal e aconselhou a criança que contasse para os pais".

Polícia recebeu mais de 10 denúncias de abuso sexual contra Wilson Nonato Rabelo Sobrinho (Foto: Reprodução)

O irmão mais velho juntamente com o pequeno, contaram para os pais no mesmo dia. Sabendo da situação, os pais ficaram revoltados. Neste momento, a mãe da criança já sabia que o filho teria consulta com o fonoaudiólogo e instruiu o pequeno, que se caso o autor fizesse alguma coisa com ele dentro do consultório, era para ele [criança] sair correndo e gritando.

Por volta das 15h, na quarta-feira (09), a criança foi acompanhada da mãe e de uma tia para a terapia. Após 15 min de atendimento, o pequeno saiu correndo da sala do profissional e dizendo que o autor teria passado a mão em seu órgão genital masculino por baixo de sua roupa. Os outros pacientes que estavam no local, viram a situação e acionaram a Polícia Militar.

Em seguida, a mãe da vítima entrou na sala e disse para o profissional: "como você tem coragem de fazer isso com uma criança?". O autor apenas negava o crime, dizendo que não tinha feito nada com o pequeno.

A Polícia Militar ao chegar no local, deu voz de prisão e o fonoaudiólogo foi encaminhado para Delegacia. Conforme informações do advogado da família, o autor é de outro Estado e, morava apenas seis meses na Capital.

Denúncias – Com a repercussão do caso, passou para 16 o número de denúncias dos abusos sexuais do fonoaudiólogo no ano passado. De acordo com a delegada que era a responsável pelo caso, Fernanda Mendes, o suspeito não quis responder nenhuma das perguntas.

"Apenas neste ano, ele atendeu 75 crianças e, dessas, 16 já foram atendidas pela DEPCA e quatro confirmaram o abuso sexual. Durante essas duas horas de depoimento, ele apenas relatou que é formado em uma cidade de Manaus e que trabalhou por um período na cidade", relatou a delegada.

(Foto: Alex Machado/TV MS Record)

Além disso, Fernanda Mendes expôs também que o autor sempre agia da mesma maneira e, que analisava qual das crianças tinham mais dificuldade na fala para cometer os atos. Todas as vítimas são meninos.

O número de denúncias aumentaram e outros responsáveis por crianças que eram atendidas por ele, procuraram a DEPCA. Conforme as informações, Wilson não deixava que os pais dos menores de 8 anos, participassem das consultas das crianças.

A psicóloga da Delegacia Esp. de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Vanessa Machado, que estava ouvindo as crianças, relatou algumas das conversas com um dos pequenos "A criança de 5 anos de idade, chegou na sala de atendimento com a dicção bem comprometida e através dos gestos ela foi se soltando".

“Perguntei se ela fazia tratamento, a criança disse que sim e começou a se movimentar. No relato, ele disse que foi tocado no órgão genital masculino por dentro da roupa. E contou que o fonoaudiólogo elevava a mão até a boca para ficar quieto – gesto de silêncio. E, que em troca dos abusos, oferecia pirulito”, finaliza. 

Veja Também

Trabalhador de 25 anos morre prensado por barcaça em Corumbá

PM apreende 34 quilos de drogas na área rural de Corumbá

Condenado por tentar matar a esposa há 20 anos é preso em Três Lagoas

Polícia elucida execução brutal praticada por mascarados em Três Lagoas