Polícia

Feminicida alegou em depoimento que morte da esposa foi acidental

Willames Monteiro dos Santos, de 33 anos, foi solto sob uso de tornozeleira eletrônica e mediante algumas cautelas

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Marina Romualdo
Andressa Fernandes Teixeira de 29 anos morreu na hora (Foto: Reprodução/Rede Social)

O suspeito de matar a própria esposa, Willames Monteiro dos Santos, de 33 anos, passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (22) e alegou em depoimento que a morte da vítima, Andressa Fernandes Teixeira, de 29 anos, foi acidental. A mulher foi atropelada e morta na noite de sábado (20) no bairro Nova Campo Grande, na Capital.

Segundo o advogado do autor, Paulo Macena, o cliente não possui antecedentes, tem emprego lícito e tem uma residência fixa. "Ele foi indiciado por feminicídio doloso, mas até o momento ele nega todas essas acusações. Quando ele deu marcha ré, ele não viu que Andressa estava naquele local e quando escutou que havia atropelado a mulher, desceu do carro e pediu para chamar o socorro. Em seguida, ele foi encaminhado para delegacia, mas não tem uma conclusão técnica da perícia se foi ou não feminicídio doloso", relatou Macena.

Indagado sobre a soltura de Willames, o profissional informou que o seu cliente não possui antecedentes, tem serviço licito e possui residência fixa. "Meu cliente não teve a intenção de matar a mulher dele. A todo momento ele pediu para salvar a vida dela. Foi uma tragédia". Diante disso, ele foi liberado sob uso de tornozeleira eletrônica e mediante algumas cautelas. Além disso, não pode se aproximar dos filhos de 3 e 11 anos que precisaram o crime.

Conforme já divulgado pelo Diário Digital, a vítima e o suspeito tiveram uma discussão no momento em que estavam bebendo. Em seguida, Willames pegou o veículo modelo Volkswagen Polo e foi para cima da mulher que estava sentada em frente ao portão. Neste momento, o feminicida passou por cima da mulher por três vezes. Com o impacto da batida, Andressa morreu na hora e os filhos menores de idade presenciaram o crime.

Ainda de acordo com as testemunhas, a polícia sempre estava no imóvel do casal pelo fato dos dois sempre brigarem. Porém, a atendente de lanchonete não registrava boletim de ocorrência contra o marido por ter costume de proteger Willames e sua família.

A Polícia Militar, Civil e a Perícia foram acionadas e estiveram no local. Willames ficou na residência e foi preso em flagrante pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e deve responder por feminicídio. 

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