Polícia

Família descobre troca de corpo durante velório

Mulher no caixão estava com as roupas de Isaura Santos e as flores escolhidas pela família

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Redação
Corpo foi retirado da capela para corrigir troca (Reprodução/Vídeo)

A família de uma idosa de 72 anos que morreu em decorrência de complicações da Covid ficou revoltada ao descobrir no velório que o corpo de Isaura Santos da Conceição havia sido trocado. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (2), no cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

A surpresa assustadora veio assim que o caixão foi aberto e chocou os cinco filhos de Isaura, o marido, netos e sobrinhos.

“O velório estava previsto para começar 7h30 e nós chegamos um pouco antes. Logo em seguida, trouxeram o caixão e quando abriram, vi uma mulher que não era minha mãe, mas estava com as roupas dela e as flores que tínhamos escolhido”, disse a filha Valquíria Brasiliana Santos da Conceição.

Um vídeo mostra funcionários da funerária recolhendo o caixão da capela onde Isaura Santos deveria ser velada, ele foi gravado por parentes da idosa ao descobrirem no momento da cerimônia que o corpo havia sido trocado.

Vídeo do momento em que funcionários recolhem o caixão (Divulgação)

Depois da confusão, os funcionários recolheram o corpo e, segundo Valquíria, ela teve que ir até a central administrativa da funerária, na Avenida Bandeirantes, para confirmar se o corpo que ainda estava no laboratório era o da mãe dela.

“Como se não bastasse tudo que passamos, ainda tive que ir lá reconhecer o corpo da minha mãe. Uma dor horrível. Sei que erros acontecem, mas isso é inadmissível, eles tinham que ter mais cuidado. Se o caixão fosse lacrado iríamos enterrar outra pessoa no lugar dela sem saber”, disse a filha indignada com a situação.

Por conta das normas de biossegurança, o velório iria durar apenas duas horas e estava previsto para terminar às 9h30. Porém, com o engano, o corpo de Isaura só chegou ao cemitério às 9h45, com mais de duas horas de atraso.

A idosa morreu no hospital, em decorrência de complicações da Covid-19, por volta das 4h do dia 1º de julho. O diretor da empresa de serviços funerários, Ramses Ferreira, de 54 anos, disse que o corpo foi recolhido no período da tarde, quando a família esteve na funerária para entregar as roupas de Isaura.

“Nós lamentamos muito o erro e não queremos minimizar a gravidade. Porém, a mudança nos protocolos provocada pela pandemia colaborou com esta situação. Antes, as famílias tinham o direito de identificar o corpo na funerária e, agora, isso não é mais possível. Os parentes preenchem documentos e entregam as roupas. No caso do corpo de dona Isaura, ele chegou junto com o de outra idosa, com idade e aparência física semelhantes e houve o engano dos funcionários”, explicou o diretor da funerária Única.

A empresa também justificou que em decorrência da pandemia, o número diário de corpos que chegam, praticamente, dobrou . “Temos 40 anos de trabalho em Campo Grande e garanto que foi uma situação isolada. Mais uma vez pedimos desculpas as famílias das idosas e vamos nos redimir por este erro”, finaliza Ramses.

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