Polícia

Família aponta "chefão do Tijuca" como mandante de morte no Los Angeles

'Cabeça' de execução de ontem (24) também teria mandado matar o irmão da vítima em 2021

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Redação
Jairo Lourenço da Silva foi morto ontem (24) - (Foto: Luiz Alberto)

Para a família de Jairo Lourenço da Silva, de 23 anos, executado com diversos tiros na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, o mandante do crime teria sido o mesmo do assassinato do irmão de Jairo, Henrique Lourenço da Silva. O suposto ‘cabeça’ do crime, identificado como Tiago Paixão, está preso desde 2021, ano em que Henrique foi executado no Bairro Tijuca II.

Segundo informações do registro policial, na execução ocorrida nesta quarta-feira, além de Jairo, o irmão e a cunhada da vítima fatal, Jeferson Lourenço da Silva, de 37 anos e, Márcia da Silva dos Santos, de 26, também foram baleados. Uma das vítimas relatou à Polícia Militar o nome de Paixão como o “cabeça” do crime. 

Pouco mais de dois anos separam as execuções: Henrique foi morto no dia 20 de janeiro de 2021, enquanto Jairo, ontem. O tráfico de drogas é a hipótese principal da Polícia Civil. “Mais um acerto de conta por causa de drogas. No local, havia cinco a seis pacotes de aproximadamente 100g de maconha e outro maior de maconha”, disse a delegada Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Cepol (Depac-Cepol), Joilce Ramos.

Quanto ao suposto mandante, Tiago Paixão, foi denunciado em abril de 2021 pela morte de Luiz Felipe da Silva, 22 anos, também no bairro Tijuca II. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o homem também foi o “cabeça” do assassinato do jovem. Ele ordenou que quatro homens matassem Luiz Felipe e “quem mais estivesse junto com ele” na “biqueira” de drogas. Segundo o MPMS, a motivação foi torpe por questões afetas à venda de drogas.

Local onde Luiz Felipe foi morto, em 2021 - (Foto: Marco Miatelo/Arquivo/DD)

Todas as mortes citadas acima levam o nome de Tiago como mandante. O homem foi apontado em 2021 como “chefão do bairro”. Moradores da região apontaram que o tráfico de drogas no Tijuca era chefiado por Paixão, que, inclusive, teria executado outras pessoas com quem tinha desavenças.

Na residência do Los Angeles, onde Jairo foi morto e outros dois foram baleados na tarde de ontem, a Polícia Civil encontrou drogas e cerca de R$ 9 mil em dinheiro. "Nas imagens que tivemos acesso é possível notar que as cinco pessoas estavam consumindo e manuseando as drogas. Um rapaz, que estava com as vítimas, fugiu do casa pulando o muro do fundo. Ele ainda tentou levar um pouco das drogas, mas acabou não conseguindo", relatou a delegada Joilce Ramos.

Os dois homens que possivelmente executaram Jairo a mando de Paixão foram identificados pelas vítimas, mas não terão o nome divulgado pelo Diário Digital. Eles não foram presos e seguem foragidos.  

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