Polícia

Falsa biomédica é indiciada após preenchimento labial em 4 pacientes na Capital

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na clínica e na residência de Ana Carolina Brites

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Marina Romualdo
O material apreendido irá passar pela perícia (Foto: Divulgação/PCMS)

A falsa biomédica, Ana Carolina Brites, de 27 anos, foi indiciada nesta sexta-feira (20) por lesão corporal e exercício ilegal da profissão após realizar preenchimento labial em pelo menos quatro pacientes no dia 13 de setembro na clínica onde fica localizada na Antônio Maria Coelho, em Campo Grande. Ela se apresentava como esteticista e biomédica.

Na data, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no endereço de atendimento e na residência da suspeita. A equipe da 2ª Delegacia de Campo Grande com apoio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) apreenderam uma dezena de seringas já utilizadas com descarte em desacordo com as normas sanitárias, além de diversas substâncias usadas para aplicação de ácido hialurônico e botox.

Em diligências, os policiais constataram também que Ana Carolina não possui nenhuma formação superior. Segundo as informações obtidas junto à Universidade Cesumar, ela chegou a frequentar o curso de Biomedicina, mas não se formou. Após a repercussão do caso na imprensa, a investigada apagou a informação em sua rede social de que era biomédica.

(Foto: Marina Romualdo/Diário Digital)

Durante o depoimento, a mulher afirmou que as quatro pacientes atendidas na sexta-feira (13) tiveram reação alérgica e que a substância usada havia sido comprada de forma irregular. Ela conheceu uma pessoa que vendia os produtos na internet. Além disso, a polícia apreendeu também uma caixa do medicamento, que será submetido a perícia para verificação de sua substância e origem.

A delegada responsável pelo caso, Bárbara Alves, afirmou que a população deve ficar atenta ao tipo profissional que escolhe para realizar procedimentos estéticos, sobretudo aqueles que possuem metido invasivo com uso de seringas. “Os conselhos profissionais todos possuem consulta pública para que o consumidor verifique se as credenciais informadas pelo profissional são verdadeiras”.

Por fim, o juiz deferiu também a pedido da investigação e garantiu a suspensão da atuação profissional da falsa biomédica no campo da estética. E, com isso, a vigilância sanitária fará uma fiscalização no local onde ela usava para atender suas pacientes.
 

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