Ex-dono de oficina de motos é condenado por estupro de vulnerável em MS
Condenado estuprava a própria sobrinha de 12 anos entre os anos de 2022 e o início de 2023

Ex-dono de uma oficina de motos, José Aparecido, de 44 anos, foi condenado a 30 anos, 11 meses e 6 dias de reclusão por estuprar e assediar a própria sobrinha de 12 anos, no município de Vicentina. Além da condenação, ele deve pagar R$ 20 mil por cometer os crimes.
Segundo apurado pela polícia, os crimes ocorreram no comércio entre o final de 2022 e o início de 2023, onde o autor era o proprietário e tinha a vítima como funcionária. No qual, ele utilizava da relação empregatícia para abusar da vítima, além de tentar a todo custo controlar o seu comportamento. O abusador, inclusive, desdenhava da vítima, dizendo que se ele o denunciasse nada ocorreria, pois, ele tinha dinheiro suficiente para resolver.
De acordo com a vítima e testemunhas, o condenado por diversas vezes fechava a oficina em pleno horário comercial para abusar da adolescente. Os fatos criminosos fizeram com que a vítima procurasse abrigo na casa de uma tia, em Campo Grande, pois, ela não queria mais retornar para a casa dos seus pais, por temer o ímpeto criminoso do autor e por não suportar mais o quadro sistêmico de violência que sofria.
Após o registro da ocorrência, José Aparecido encerrou as atividades na oficina e passou a residir na cidade de Dourados. Ele então passou a anunciar a venda de diversos bens, com a intenção de sair do Mato Grosso do Sul, na tentativa de evitar a aplicação da lei penal. Diante disso, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial para apurar os fatos.
Após diversas diligências durante a Operação "Castelo de Areia" realizadas pelas equipes das Delegacias de Polícia de Vicentina e DAM de Fátima do Sul, a autoridade policial representou pela prisão preventiva e busca e apreensão no endereço comercial e residencial do autor, localizados em, Dourados, e a Justiça de MS decretou a prisão e a expedição dos referidos mandados.
No cumprimento dessas medidas, foram apreendidos computadores e telefones do investigado, que continham material com imagens e vídeos de crianças e adolescentes em vídeos com conotação pornográfica. Além disso, foi constatado que o abusador através do aplicativo de mensagem ameaçava, perseguia e até mesmo confessava que violentava psicologicamente e sexualmente a vítima.
Desta forma, o réu foi processado e condenado a mais de 30 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de estupro de vulnerável e assédio sexual, além da indenização para reparar os danos causados à adolescente. A Polícia Civil destaca a importância de denúncias e a participação da sociedade, no intuito de reprimir a prática de crimes hediondos, sobretudo os praticados às escuras.
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