Ex-candidato a governador de MS e oito indígenas têm prisão decretada pela Justiça
Os guarani-kaiowá foram presos em flagrante no sábado (08) ocupando área reservada para condomínio
O juiz federal Rubens Petrucci Junior contrariou o parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União e, decretou a prisão preventiva de 9 indígenas guarani-kaiowá. Eles foram presos no último sábado (08) ocupando uma área onde é construído um condomínio de luxo no município de Dourados (MS).
Entre os indígenas, está ex-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022, Magno Souza. Outros foram identificados como Rogério de Souza, Sanches de Souza, Enivaldo Reginaldo, Valdemar Vieira, Adelino de Souza, Adelio de Souza, Argemiro dos Santos e Cledeiudo de Souza.
Na decisão, eles irão permanecer presos pelos crimes de esbulho possessório, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Na documentação ainda é ressaltado que é o suposto líder do grupo e que teria acirrado os ânimos contra a guarnição da Terceiro Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) durante a prisão em flagrante no sábado (08).
De acordo com as informações policiais, o grupo foi localizado armados com facas, facões, uma pistola adaptada para calibre 22 e munição do mesmo calibre.
No último sábado (08), por volta das 19h, pelo menos aproximadamente 20 pessoas tentaram adentrar em uma propriedade privada que fica às margens do anel viário norte. Em um certo momento teriam ameaçado e lesionado o indígena que é caseiro na propriedade vizinha.
Após a recusa do grupo em conversar com os policiais integrantes do 3º BPM, as equipe do Batalhão de Choque foram acionadas. Por volta das 6h, eles chegaram e encontraram cerca de 15 pessoas sentadas perto de blocos de cimento e cercas danificadas.
Os policiais encontraram sob um barraco de lona, diversas facas, facões, 01 pistola adaptada para calibre 22 e munição do mesmo calibre. Foi realizada a prisão em flagrante e no dia 09 de abril, foi realizada a audiência de custódia.
Conforme está na decisão, o MPF manifestou -se pela concessão de liberdade provisória com medidas cautelares. Porém, o juiz contrariou o parecer e diante disso, os indígenas irão permanecer presos.
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