Polícia

"Espero que a justiça seja feita", diz pai de jovem que foi morto nos Altos da Afonso Pena

Jhonny de Souza da Mota vai a júri popular nesta quinta-feira (14) por assassinar Rhennan Matheus em 2021

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Marina Romualdo
Rhennan Matheus foi morto com um tiro na Avenida Afonso Pena (Foto: Reprodução/Rede Social)

O acusado de matar o jovem, Rhennan Matheus, de 19 anos, vai a júri popular nesta quinta-feira, 14 de Setembro, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande (MS). A vítima foi assassinada após uma discussão por "manobra" por Jhonny de Souza da Mota no dia 31 de Novembro de 2021, no Altos da Avenida Afonso Pena, na Capital.

A equipe do Diário Digital conversou com o pai de Rhennan, Massai Barduco Tosi que está quase há quase dois anos em luto. "Espero que a justiça seja feita amanhã e que o juiz dê uma condenação a altura da minha perda. Afinal, o assassino interrompeu uma vida que estava ainda com apenas 19 anos de idade".

"Quase dois anos em luto, a saudade bate e é enorme, pois, meu filho era muito querido por todos", destacou Massai. Questionado se alguma vez foi procurado pela família do réu, o pai do jovem relata que não. "Nunca, nem mesmo para pedir desculpas pelo erro do filho deles. Mas, espero e quero que justiça seja feita".

Na época do crime, testemunhas relataram que Jhonny estava em um veículo modelo Saveiro com outras pessoas e, que em um certo momento, seu amigo  identificado como Daniel Ribas Filho estava fazendo 'zerinho' com uma motocicleta, quando se aproximou da vítima. Neste momento, teria ocorrido uma discussão "boba". Em seguida, o suspeito saiu em direção a Rhennan e realizou o disparo de arma de fogo atingindo a região do abdômen e fugiu deixando a arma com um amigo. A arma era de Diego.

Jhonny de Souza da Mota será julgado nesta quinta-feira (14) no Fórum de Campo Grande (Foto: Luiz Alberto/Arquivo)

Durante a audiência de instrução e julgamento que ocorreu no dia 02 de Maio de 2022, Diego Laerte – que também estava preso, mas, foi impronunciado, contou que estava juntamente com o Jhonny e uns amigos, quando já teria discutido com Rhennan por conta de manobras. Em um outro momento, Jhonny veio em sua direção e pediu a arma e disse não saber o porque do amigo querer o objeto. Após alguns minutos, apenas escutou o disparo.

Em diligências, a equipe da Polícia Militar foi até a casa de Diego e encontrou no guarda-roupa a arma calibre .38 enrolado em roupas. De acordo com o policial, que estava de trabalho no dia do crime, a mãe dele não sabia da existência do objeto e ligou para que o filho voltasse para casa. Chegando ao imóvel, ele contou a versão dele para equipe policial.

Além disso, contou que Jhonny estava escondido na casa da mãe, localizada na Chácara das Mansões. Na versão de Jhonny, o mesmo contou que a vítima teria atrapalhado uma outra pessoa fazer uma manobra – vulgo 'zerinho', quando foi tirar satisfação com Rhennan e entraram em discussão. E, ao pedir a arma para Diego, ele teria o instigado a atirar contra a vítima. Após o crime, entregou a arma para um outro amigo e fugiu do local.

Sendo assim, Jhonny de Souza da Mota será julgado na manhã de quinta-feira (14) pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. 

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