Enfermeiro acusado de estuprar paciente com Covid-19 é ouvido mais uma vez
Acusado compareceu a oitiva acompanhado do pai e se negou a falar com a imprensa


Após um ano e sete meses, a vítima de estupro no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul reviveu lembranças do que aconteceu em 4 de fevereiro de 2021. A mulher de 37 anos, confirmou que foi estuprada por um enfermeiro enquanto estava internada. À época, a vítima havia contraído Covid-19.
Nesta quarta-feira (14), o enfermeiro passou por procedimento disciplinar do Conselho Regional de Enfermagem ( Coren), e após uma hora de oitiva ele deixou o local sem falar com a imprensa, negando-se a responder qualquer pergunta.
Almira Romeiro Motta, mãe da vítima chegou cedo no Coren-MS e busca por justiça. " Minha filha está traumatizada, ela tem duas graduações era uma pessoa ativa, hoje ela tem medo de sair na rua sozinha, vive sob medicamentos e é acompanhada por dois psicólogos e psiquiatrias", explicou a mãe.

Mãe da vítima emocionada ao lembrar do crime (Foto Luciano Muta)
A mãe relembra o dia de terror que ficou marcado na família. " Minha menina estava internada por conta da Covid-19. Ela é bariátrica e tinha alguns agravantes para a doença. Liguei por volta das 5h da manhã e percebi ela muito assustada. Foi quando me contou que foi estuprada pelo enfermeiro plantonista. Não tinha ninguém e estava muito escuro e silêncio", disse.
Imediatamente a mãe procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) que começou a investigar o caso. " Quando vi aquele " monstro" pela primeira vez na delegacia, fiquei revoltada. Durante o interrogatório ele estava nervoso não conseguia nem segurar a ficha que a delegada pediu. Luto por justiça, nosso país costuma dar “jeitinho brasileiro” para tudo, mas como mãe vou lutar até o fim por justiça", declarou.
Relembre o caso:
A Polícia Civil está apurando o caso de uma paciente em tratamento de Covid-19 que teria sido estuprada por um enfermeiro do Hospital Regional, na madrugada desta quinta-feira (4), em Campo Grande. O caso é investigado pela Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher). A Delegacia de Atendimento à Mulher já ouviu depoimentos de testemunhas, vítima e acusado e solicitou imagens de câmeras de segurança do hospital.
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