Polícia

Dois detentos do Presídio Federal de Mossoró são transferidos para Campo Grande

Segundo o Ministério da Justiça, o remajamento ocorreu para impedir articulações das organizações criminosas

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Da redação, com Agência Brasil
(Foto: Arquivo/Diário Digital)

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, remanejou 23 detentos do sistema penitenciário federal, incluindo Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Entre os presos, dois detentos foram transferidos para Campo Grande.

Conforme o ministério, a transferência de parte dos presos que cumprem pena em um dos cinco presídios de segurança máxima – Campo Grande (MS), Brasília (DF), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) - coordenados pela Senappen, é uma medida de segurança, realizada periodicamente.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça informou que o "remanejamento de presos no âmbito do sistema penitenciário federal é uma medida importante para seu perfeito funcionamento, pois visa impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos de segurança máxima, além de enfraquecer e dificultar vínculos nas regiões onde se encontram as penitenciárias federais".

Os presos foram remanejados entres as penitenciárias federais entre a última sexta-feira (1º) e domingo (3). A medida, contudo, só foi divulgada hoje (4), sem mais detalhes. Por segurança, o ministério não informou quem são os demais presos transferidos, nem para quais unidades eles foram levados.

Fuga- A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde que ele foi criado, em 2006, para isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.

Segundo as informações da Agência Brasil, a unidade potiguar estava passando por uma reforma. Investigações preliminares indicam que Mendonça e Nascimento usaram ferramentas que encontraram largadas dentro do presídio para abrir o buraco por onde fugiram de suas celas individuais, no último dia 14. Além disso, já foram identificadas várias falhas nos equipamentos de segurança, como no sistema de monitoramento.

Um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal foram instaurados para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela fuga.

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